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'Aglomerações existem independentemente do futebol', diz Queiroga

Do UOL, em São Paulo

07/06/2021 20h31

O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, não acredita que a Copa América vai aumentar a incidência de aglomerações em bares ou festas clandestinas no Brasil. Em entrevista coletiva concedida nesta noite, Queiroga reiterou que a fiscalização é de responsabilidade de estados e municípios, e disse que o Ministério pouco pode fazer para evitá-las, a não ser reforçar as orientações sanitárias.

"É algo que tem que ser feito [contato com governos], não só em relação ao futebol. Essas aglomerações existem independentemente do futebol. Não há que dizer: O futebol que está fazendo aglomerações. Festa clandestina, vocês [imprensa] têm coberto isso aí. É uma questão de responsabilidade de cada um, e as autoridades sanitárias têm que fiscalizar essas ações de forma rotineira para que a gente evite a propagação do vírus. Naturalmente que vamos orientar as autoridades municipais para fiscalizarem essas ações para evitar essas aglomerações", disse.

"O Ministério da Saúde não tem condições de fiscalizar 5.570 municípios do Brasil. A palavra do Ministério da Saúde continua reiterada, de observância às medidas não-farmacológicas. Restaurantes, bares, existem regras para o funcionamento. Eu não vejo que essa competição vai mudar esse contexto. As pessoas podem ir para o restaurante torcer? Podem. Mas elas têm que ir de acordo com a regra sanitária. Pode torcer na sua casa? Pode, mas se vai fazer festa na sua casa, a consciência é de cada um, e não é a Copa América que vai fazer aumentar ou diminuir, nós sabemos".

Durante a entrevista, o Ministro também afirmou que nem todos os jogadores estarão vacinados na competição, e anunciou os protocolos sanitários que serão adotados nas quatro cidades que receberão os jogos - Cuiabá, Brasília, Goiânia e Rio de Janeiro.
Mais cedo, o deputado estadual Flávio Serafini (PSOL) entrou com uma ação na Justiça para suspender as disputas no estádios cariocas.

Segundo números divulgados pelo próprio Ministério, o Brasil chegou hoje aos 474.414 mil óbitos por covid-19, e 16.984.218 casos desde o início da pandemia. Nas últimas 24h, foram 1.010 mortes.