Tite, sobre acusações contra Neymar: "Quando há correção é particular"

A preparação da seleção brasileira masculina principal para a rodada dupla das Eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar, que começa amanhã (4) em partida contra o Equador, no Beira-Rio, teve o noticiário invadido por uma nova acusação de um suposto caso de abuso sexual do atacante Neymar contra uma funcionária da Nike. O caso se tornou público na quinta-feira da semana passada (27), e Tite comentou hoje.

O treinador da seleção brasileira foi questionado sobre como administra um problema dos bastidores, como o de Neymar, no dia a dia da seleção: "A respeito da minha relação com Neymar são quatro anos, talvez eles falem por si só, respeito, lealdade, admiração de futebol, do quando é sim e não. Mas não externo de forma pública, porque é do meu feitio, da minha índole. Quando tem que ser externada alguma correção ela é aqui comigo, ela é particular. Não só com ele, com todos os atletas, de condução, desafio e orientação."

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Tite preferiu falar sobre o lado esportivo do atacante, que disputou apenas metade das partidas da seleção brasileira desde a Copa do Mundo da Rússia e agora retorna em boas condições: "Neymar veio fisicamente e tecnicamente muito bem, até pela sua sequência de jogos importantes, desenvolto. A gente consegue perceber a velocidade de raciocínio e execução quando o atleta está numa sintonia melhor e ele tem essa condição."

Neymar será titular da seleção amanhã, contra o Equador, às 21h30, no Beira-Rio, em jogo da sétima rodada das Eliminatórias.

Entenda a acusação contra Neymar

A empresa Nike disse ao "Wall Street Journal" que o jogador teve o seu contrato encerrado com a fabricante de materiais esportivos, em 2020, após um suposto caso de abuso sexual contra uma funcionária da empresa.

Segundo a publicação, Neymar foi denunciado em 2018 em um fórum organizado por lideranças da Nike para seus funcionários. Foi aberta uma investigação independente em 2019, de resultados considerados "inconclusivos" pela empresa, e o contrato com o brasileiro foi rescindido pela postura dele ao se recusar a cooperar com as investigações. O jogador nega, chama de "ataques infundados" e critica a Nike dizendo que não teve oportunidade de defesa da acusação e que foi traído pela empresa.

Apesar de o assunto não ter diretamente a ver com a seleção, há um conflito: Neymar é a principal estrela do time e a Nike é a maior e mais antiga parceira, desde 1995. Além disso, há o temor interno de perda de foco por parte do jogador, que chegou a postar fotos com o símbolo da empresa escondido e teve conversas com Juninho Paulista, coordenador da seleção. O saldo geral é que dá para separar as coisas.