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Chamusca justifica substituições no Botafogo: "precisava de mais oxigênio"

Marcelo Chamusca lamentou erro em gol de escanteio do Vila Nova - Vitor Silva/Botafogo
Marcelo Chamusca lamentou erro em gol de escanteio do Vila Nova Imagem: Vitor Silva/Botafogo

Do UOL, em São Paulo

29/05/2021 00h32

Os atacantes Ronald e Marco Antônio foram os destaques do Botafogo no jogo de estreia na Série B do Campeonato Brasileiro. Ambos os jogadores, porém, foram substituídos na reta final da partida, justamente no momento em que o Alvinegro pressionava para tentar a virada sobre o Vila Nova.

Questionado sobre as alterações, o técnico Marcelo Chamusca afirmou que o objetivo era melhorar a questão física do Botafogo. Para ele, os ponteiros já tinham dificuldade para dar intensidade ao ataque do Botafogo e, por isso, deram lugar a Felipe Ferreira e Marcinho.

"As substituições foram feitas levando em consideração o aspecto físico. Tanto o Ronald quanto o Marco Antônio já acusavam queda de performance. O Ronald já tinha dificuldade para pressionar, recompor. Colocamos os dois com o intuito de a gente melhorar o jogo ofensivo e ter jogadores mais descansados para dar agressividade, já que o adversário tinha um jogador a menos", justificou o treinador após o empate por 1 a 1, hoje (28), no estádio OBA, em Goiânia (GO).

"As substituições não tiveram objetivo tático, pois os jogadores entraram exercendo a mesma função dos que saíram. Com eles, teríamos dois jogadores com tanque cheio para fazer 19 minutos para pressionar o adversário e dar mais movimentação e mais finalizações que acabaram ocorrendo. A ideia foi dar um oxigênio maior."

Com a vantagem de um jogador a mais em campo, o Botafogo saiu atrás no placar, mas buscou o empate ainda aos 14 minutos do segundo tempo. Porém, não teve força para virar. Agora, tentará se recuperar no sábado (5), quando enfrentará o Coritiba no Engenhão.

Veja outras declarações de Marcelo Chamusca após o jogo de estreia:

Falha no gol do Vila

Houve de fato um erro defensivo, o adversário não pode ter um atleta livre com um jogador a menos para finalizar da forma como ele finalizou. Eles colocaram dois jogadores no rebote, fizeram uma jogada curta. Na final do campeonato, ele (Willian Formiga) também fez um gol, o que mostra o talento do atleta. Não conseguimos interceptar, e faltou atenção em um rebote melhor posicionado para que não houvesse a finalização. Houve erro coletivo que foi induzido por mérito do adversário.

Botafogo reativo?

A característica do campo fez que a gente usasse um plano de com jogo mais direto, que teria que pressionar o adversário na saída para tentar roubar e acelerar essa bola no último terço. A condição do gramado estava difícil, bola muito viva, difícil trocar passe, de tentar construir a partir da defesa. Houve orientação para que a gente acelerasse, fizesse mais ligação direta e tivesse maior ênfase no jogo de transição.

Desempenho de Chay

Gostei da estreia do Chay, ele teve pouco tempo de adaptação, mas já exercia na Portuguesa uma função muito parecida com o que o Marco Antônio faz pela esquerda. Ele também tem capacidade de jogar por dentro, como um 10, e foi o que acabou acontecendo no gol. Ele até se sente melhor, tem capacidade de giro, finalização, de achar um passe para um companheiro. Colocamos ele na esquerda, mas pedimos para ter uma troca constante com o Marco Antônio, já que os dois conseguem fazer as duas funções.

Meta de pontos

A gente não estabeleceu nenhuma meta. A gente pensa jogo a jogo. Veio aqui com o intuito de vencer, sabia das dificuldades contra um time que acabou de jogar uma final do Estadual. Acho que a gente fez um jogo no geral que teve bom controle, bom número de finalizações, boas oportunidades. Precisávamos de mais eficiência para ganhar. O ideal era levar os 3 pontos pelo jogo que a gente fez, pelo controle, pelo jogo que fizemos. Esse jogo contra o Coritiba passa a ter peso grande porque é em casa. Tem que vencer na estreia em casa para subir na tabela. É dessa forma que a gente vai trabalhar.