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Libertadores - 2021

Gás em protestos na Colômbia invade campo e paralisa jogo da Libertadores

O técnico do River Plate, Marcelo Gallardo, foi atingido pelo gás lacrimogêneo - Daniel Munoz POOL/EFE
O técnico do River Plate, Marcelo Gallardo, foi atingido pelo gás lacrimogêneo Imagem: Daniel Munoz POOL/EFE

Do UOL, em São Paulo

12/05/2021 22h32

O gás lacrimogêneo lançado pela polícia colombiana nos manifestantes que protestavam nos arredores do estádio Romelio Martinez, onde Júnior Barranquilla-COL e River Plate empataram por 1 a 1 na noite de hoje pela fase de grupos da Libertadores fez com que a partida fosse interrompida por dois minutos.

A nuvem de gás chegou até o gramado, e os jogadores foram afetados. Quando o jogo voltou, era possível ouvir as bombas do lado de fora. Antes do apito inicial, as explosões tomaram todo o minuto de silêncio.

A Colômbia vive uma onda de manifestações há cerca de duas semanas, atiçadas pela revolta popular contra uma proposta de reforma tributária. O projeto foi descartado, mas diante de novas demandas da população mais pobre, ainda não houve acordo.

Os manifestantes se organizaram durante os últimos dias para impedir a realização da partida. Um cartaz com os dizeres "se não há paz, não há futebol" circulou nas redes sociais, chamando as pessoas para irem ao entorno do estádio para evitar a chegada das delegações. Na semana passada, três jogos foram transferidos para o Paraguai por esse motivo.

A imprensa colombiana relata "correria, pedradas e dispersão de gás lacrimogêneo" no confronto entre a polícia e os manifestantes.

Pouco antes do início da partida, porém, o prefeito de Barranquila falou ao site argentino TyC Sports, garantindo que a partida não estava em risco. "Está sendo controlado", disse.

Atlético Nacional x Nacional é adiado em uma hora

A partida entre Atlético Nacional-COL e Nacional-URU também foi afetada pelos protestos. Inicialmente previsto para começar às 23h (de Brasília), o jogo foi adiado em uma hora por conta dos incidentes no país.

Antes do comunicado da Conmebol havia indefinição sobre o confronto. O Nacional-URU alegava falta de garantias para a realização da partida e não havia se descolado para o estádio até pouco antes das 22h30. A delegação do clube uruguaio só foi deixar o hotel às 22h44, mas ainda não confirmava participação na partida.

Caso se recusasse a entrar em campo, o Nacional-URU corria o risco de perder os pontos ou até mesmo ser excluída da disputa da Libertadores, conforme previsto no regulamento da competição.