Branco diz que foi amarrado na cama durante internação por covid-19

Branco, coordenador das categorias de base da seleção brasileira e lateral da campanha do tetracampeonato mundial do Brasil em 1994, falou sobre os momentos que viveu após contrair o novo coronavírus e como foi o processo de intubação.

"É estranho flertar com a morte desse jeito. Pensava: 'Ainda tenho muito que viver' — e vinham trechos da minha existência na cabeça, o casamento, os filhos, o futebol. Era como um filme meio difuso, sem ordem cronológica. Passei dezessete dias no hospital, cinco deles intubado e sedado, sempre na unidade de terapia intensiva, já que o caso era de alta gravidade", contou Branco em entrevista à revista Veja.

"Estava muito agitado, às vezes acordava aos berros, dizendo que queria fugir do hospital. Por isso decidiram me amarrar na cama, para que não me machucasse. Recebia visitas rápidas, da minha mulher e de meus dois filhos mais velhos — o caçula, de 7 anos, não podia entrar", continuou.

Branco acredita que se infectou com o novo coronavírus durante uma viagem para Recife, em março, para acompanhar a seleção sub-18. Ele foi internado no dia 17 daquele mês.

Carreira

Depois de dar os primeiros passos no mundo da bola no Bagé, o ex-jogador despontou para o futebol nacional vestindo a camisa do Internacional, em 1981. Entre 1983 e 1985, conquistou o tricampeonato Carioca com o Fluminense. Na Europa, teve passagens por Brescia, Porto e Genoa até retornar ao Brasil em 1993, para atuar no Grêmio. No início da década de 90, defendeu ainda Corinthians e Flamengo.

Com a camisa da seleção brasileira, Branco participou das Copas de 1986, 1990 e 1994, quando o Brasil conquistou o tetracampeonato nos Estados Unidos. Encerrou a carreira em 1998, no Fluminense.