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Volante nascido nos EUA conquista Ramírez: "Futuro camisa cinco do Inter"

Johnny, volante do Inter, encantou Miguel Ángel Ramírez e gera expectativa - Ricardo Duarte/Inter
Johnny, volante do Inter, encantou Miguel Ángel Ramírez e gera expectativa Imagem: Ricardo Duarte/Inter

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

26/04/2021 04h00

Antes de pensar em pedir reforços para o meio-campo do Inter, Miguel Ángel Ramírez pedia tempo para ver Johnny. Quando o espanhol assumiu o time, o volante nascido nos Estados Unidos precisou se apresentar para atuar pela seleção sub-23 de seu país. Agora, após alguns treinos e jogos, o técnico está convencido de que o jovem de 19 anos é o futuro da posição no clube.

Johnny atuou apenas uma vez sob comando de Ramírez. No último sábado, esteve em campo por 27 minutos no duelo contra o Esportivo, cujo placar foi 5 a 0 para o Inter. Antes, teve três partidas e um gol marcado junto ao time sub-20 que abriu o Estadual.

Mas nas atividades de preparação, o atleta justificou a expectativa criada pelo treinador espanhol ao receber informações e ver vídeos dele em campo. Tanto que os elogios e a expectativa foram evidentes logo depois da última partida.

"O Johnny é o futuro camisa cinco do Inter. Estamos trabalhando para que seja o volante do Inter por muitos anos. É um projeto de clube. Quando eu cheguei me disseram: Miguel, acreditamos muito no Johnny. Eu vi ele treinar, vi vídeos dele, e tem muito boas condições. Ele está trabalhando ali perfeitamente. Está entendendo perfeitamente. E quem melhor para serem maestros do dia a dia para ele do que Dourado e Lindoso?", questionou o técnico.

Não é novidade a expectativa sobre o futuro de João Lucas de Souza Cardoso, apelidado de Johnny por ser natural de Denville, nos Estados Unidos. Na base do Colorado, ele começou como atacante, virou meia, e debutou cedo no principal, sob comando de Odair Hellmann, como volante em 2019, com apenas 17 anos.

A percepção do jogo ofensivo e a qualidade no entendimento das necessidades defensivas moldaram o trajetória dele, que recuou no campo para ter todo seu potencial explorado.

O rendimento do jogador rompeu fronteiras. Tanto que ele foi chamado para seleção de base dos Estados Unidos, e o desempenho impressionou. Pulou etapas para o time sub-23 — que não conseguiu vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio — e já tem duas partidas pela seleção principal.

Além disso, as convocações atraem interessados em levar o jogador para a MLS (Liga de Futebol Norte-Americana). Como é natural dos Estados Unidos, Johnny não seria considerado para as costas de estrangeiro e, por isso, já foi alvo de sondagens para jogar em seu país de origem.

O futuro pode dar razão a Ramírez e fazer do atleta o "camisa cinco" do Colorado por muitos anos, ou traçar caminho de volta ao país onde nasceu, mas de onde partiu ainda criança para o Brasil. Por enquanto a realidade é de grande expectativa e uma temporada que pode confirmar sua relevância no elenco principal.

O Inter volta a campo na terça-feira para encarar o Deportivo Táchira, da Venezuela, pela segunda rodada do grupo B da Libertadores.

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