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Gundogan relembra bronca homérica de Klopp e jeito sentimental do técnico

Gundogan e Klopp, no Borussia Dortmund - Divulgação/Borussia Dortmund
Gundogan e Klopp, no Borussia Dortmund Imagem: Divulgação/Borussia Dortmund

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

26/04/2021 15h12

Perto de jogar mais uma decisão pelo Manchester City, Gundogan publicou hoje (26) um texto no portal Players' Tribune refletindo sobre o seu amor pela Liga dos Campeões e sua relação com duas figuras importantes do mundo do futebol: Jurgen Klopp e Pep Guardiola.

Comandado por Klopp no Borussia Dortmund, Gundogan relembrou a história de uma bronca dura dada pelo treinador e como o alemão traça suas relações com seu jeito explosivo, mas carinhoso.

Às vésperas de um confronto pela Champions, o meia acordou com um incomodo no tornozelo. O protocolo no Borussia Dortmund dizia que, ao sentir algo, o jogador deveria enviar uma mensagem à comissão médica da equipe, marcando uma avaliação antes do treino. Gundogan ignorou o procedimento e só avisou o médico do clube minutos antes, irritando Klopp.

"Estava tentando me safar, mesmo sabendo que estava errado. Jurgen continuou dizendo que ele não poderia permitir riscos. Eu continuei dizendo que poderia treinar. Então ele enlouqueceu. Você sabe quando ele fica com os olhos imensos e range os dentes? Ele me deu aquele olhar e gritou: 'FAÇA A M**** QUE VOCÊ QUISER", narrou o jogador.

"Meia hora depois, eu coloquei minhas chuteiras e andei para o campo. Jurgen chegou perto de mim. Estava esperando um sermão, mas ele colocou os braços ao meu redor e disse: 'Meu amigo, sabe por que eu estava tão nervoso? É só porque eu me preocupo com você e não quero que se lesione'. Depois ele me deu um grande abraço", seguiu Gundogan.

"Fiquei chocado. Nós tivemos essa briga e agora ele estava falando comigo do jeito que um pai fala com um filho. Aquilo me mostrou que tipo de pessoal ele é: muito emocional, claro, mas também muito aberta e honesta", concluiu o meia.

Sobre Guardiola, Gundogan relembra da reunião que selou sua ida ao Manchester City e do jeito privado, mas atento do treinador. "Eu e Pep estamos trabalhando juntos há cinco anos e temos um entendimento ótimo. Mesmo quando eu rompo um ligamento em dezembro de 2016 e fiquei fora por oito meses, ele não tinha dúvida de que eu iria recuperar minha melhor forma", contou.

Com o espanhol, o meia tenta classificar o Manchester City pela primeira vez a uma final de Liga dos Campeões. Nesta quarta-feira (28), os ingleses visitam o PSG, às 16h (Brasília), na abertura das semifinais. A volta ocorre na terça-feira seguinte (4).