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Mecenas relativiza dívida de R$ 1 bilhão: "Atlético-MG não vai quebrar"

Rubens Menin é outros três empresários já injetaram R$ 400 milhões no departamento de futebol do Galo - Nitro Imagens
Rubens Menin é outros três empresários já injetaram R$ 400 milhões no departamento de futebol do Galo Imagem: Nitro Imagens

Do UOL, em Belo Horizonte

06/04/2021 13h11

O Atlético-MG realizará no mês de abril o "Galo Business Day", um evento onde o clube pretende demonstrar com transparência alguns pontos importantes da atual gestão, como o balanço financeiro do ano de 2020 e o planejamento estratégico visando os próximo anos no clube. Antes desse evento uma das figuras mais procuradas para falar dos investimentos nas últimas temporadas, o empresário Rubens Menin, destrinchou alguns detalhes importantes, como a dívida de mais de R$ 1 bilhão e os empréstimos feitos pelos mecenas, grupo de investidores que já colocam milhões no departamento de futebol alvinegro.

Segundo Rubens Menin, a dívida bilionária do Atlético-MG não é um problema como muitos podem imaginar que seja. Na visão do também conselheiro atleticano, o montante é alto, mas o Galo tem totais condições de pagá-lo.

"O Atlético-MG deve aproximadamente esse número de R$ 1 bilhão. Mas tem patrimônio muito maior do que esse valor. O Atlético-MG tem três grandes patrimônios. Primeiro, a nova arena que está sendo feita, a Arena MRV que fica pronta daqui um ano, mais ou menos, e que nos nossos cálculos vale entre R$ 800 mil e R$ 1 bilhão, praticamente o valor d a dívida. O plantel é valorizado, vale aproximadamente R$ 700 milhões. Tem o Diamond Mall e outros imóveis que valem R$ 400 milhões, R$ 450 milhões. O patrimônio do Atlético-MG é positivo, não tenho dúvida", garantiu em entrevista à Rádio Bandeirantes.

A dívida atleticana supera mais de R$ 1 bilhão, também, pelos empréstimos que os mecenas fizeram ao clube. Esse valor já atinge a casa dos R$ 400 milhões.

"Nós todos juntos, os 4 R's — empresários Rafael e Rubens Menin [MRV Engenharia, Banco Inter], Renato Salvador [Hospitl Mater Dei] e Ricardo Guimarães [Banco BMG] — colocamos R$ 400 milhões. Não é que não queiramos receber de volta, nós queremos receber quando for possível, isso está no planejamento. Quando puder e sem juros. O mais importante é sem juros. Esses R$ 400 milhões custariam aproximadamente R$ 50 milhões por ano [de juros em bancos]. Essa dívida não tem juros, e só de não ter juros é muito bom para o Atlético-MG", garantiu Menin.

Dívida x patrimônio

Além de citar que o patrimônio atleticano é maior do que o montante global da dívida, Menin disse que boa parte do que deve o Galo está equacionado e que clube "não vai quebrar".

"Só quem não conhece, não está sabendo de todos os detalhes, acha que o Atlético-MG vai quebrar. Não vai, gente. Não vai", comentou.

"Uma parte da dívida do Atlético-MG está equacionada no Profut, quase 30% equacionada, paga por mês. A parte maior está com os investidores que já deixaram claro que esse dinheiro só será pago através de venda de jogadores. Empréstimo sem juros, nenhum clube do Brasil tem empréstimo sem juros. O Atlético-MG tem a sorte de ter empréstimo sem juros, isso é muito relevante. Uma dívida sem juros para comprar jogar, pagar quando quiser, o Barcelona quer, o Real Madrid quer e qualquer time do Brasil quer. A gente tem que pensar na dívida do Atlético-MG de forma diferente. Deve R$ 1 bilhão aproximadamente, deve. Mas 40% disso é sem juros. É diferente do que pensar que é um time endividado. Isso está sendo feito com um objetivo maior, de colocar o Atlético-MG em uma posição de destaque no futebol brasileiro e mundial", comentou, falando como o Galo pode pagar pelos investimentos dos mecenas.

"Agora, compramos muitos jogadores bons. Com certeza esses jogadores terão mercado, podem valorizar, compramos bem comprado. O Atlético-MG vende esses jogadores na hora certa e devolve o dinheiro. Essa é nossa expectativa. Não estamos querendo que tire dinheiro de bilheteria e outras receitas, queremos que, quando puder, na venda de jogadores que ajudamos a comprar, que devolva pra gente, sem prazo", explicou.

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