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CBF quer menos restrições, mas diz que clubes aceitam mudanças de estado

Rogério Caboclo, presidente da CBF - Reprodução
Rogério Caboclo, presidente da CBF Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL, em São Paulo

04/04/2021 20h10

Rogério Caboclo, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), afirmou que espera menos medidas restritivas dos governos estaduais até o início do Brasileirão - previsto para 30 de maio -, mas também informou que os clubes aceitaram mandar seus jogos em outros estados, se necessário.

A declaração do dirigente se dá em meio ao momento mais grave da pandemia do coronavírus no Brasil. Em março, o país bateu novo recorde: foram mais de 66 mil óbitos durante os 31 dias do mês. Até então o recorde era de julho, com mais de 32 mil mortes.

De acordo com Caboclo, os dirigentes dos clubes das Séries A, B, C e D, e das 27 federações que organizam o futebol brasileiro são unânimes a favor da continuidade do futebol no país.

"Sobre o local, eu quero crer que, nas próximas semanas, os estados terão medidas menos restritivas e poderemos ter partidas em todos os estados. Onde não puder ter jogo, os clubes, sem exceção, concordaram em mudar de estado para jogar suas partidas onde quer que seja", declarou Caboclo em entrevista ao Terceiro Tempo, da TV Band, hoje.

"Não existe mais venda de mando de jogo. É uma coisa desproporcional que existia antes e que o regulamento não permite. Em relação à manutenção do Brasileirão, não tenho dúvida, porque ouvimos 20 clubes da Série A, mais 20 da Série B, 20 da Série C, 68 da Série D e mais 27 federações ao mesmo tempo, ou seja, 155 pessoas. Se ninguém se insurgiu e todos concordaram, há unanimidade no futebol em relação à continuidade", continuou.

Reunião polêmica

Na mesma entrevista, Caboclo comentou o vazamento da reunião com os presidentes dos clubes da Série A em que ele defende a continuidade do futebol, citando a Globo e dizendo que todos estariam f****** se o esporte parasse.

O dirigente argumentou que, em sua declaração, estava defendendo os interesses de tudo o que o futebol movimenta, dizendo, também, que, além de não ouvir opiniões diferentes, falta contexto à sua fala, já que outras reuniões já haviam sido feitas sobre o tema.

"Fico muito tranquilo em relação em relação a tudo o que eu disse no dia da reunião com os presidentes dos clubes, em uma reunião de pouco mais de uma hora. Tivemos reuniões de mais de cinco horas, que não vazaram, em que não só eu, mas vários presidentes tiveram a capacidade de eximir suas vontades, desejos e insatisfações. Isso não veio à tona", disse.

"Gravar um minuto e vinte segundos de um encaminhamento depois de vários momentos em que eu digo: 'vamos decidir, por se sim ou se não e, por gentileza, seria bom para o futebol do Brasil e o que funciona em torno - TVs, patrocinadores, atletas, comissão técnica' e ninguém quer parar. Eu não ouvi voz dissonante de ninguém", completou.