Avaí faz campanha e ajuda financeiramente ídolo que sofreu amputação
Campeão catarinense em 1975 como artilheiro da competição, com 28 gols marcados, e decisivo na final diante do Figueirense, o ex-atacante Juti, de 69 anos, é tratado como ídolo da torcida do Avaí. Anos mais tarde, ele vive longe do glamour que o futebol proporciona aos atletas atuais. Em uma casa simples em Novo Hamburgo, na região metropolitana de Porto Alegre, encontra dificuldades até para se sustentar com questões básicas e precisou passar por duas amputações na mesma perna, o que o impede de utilizar uma prótese para caminhar.
Sensibilizado com a situação do ex-jogador, que se locomove com o auxílio de muletas, o atual presidente do Avaí, Francisco José Battistotti, decidiu ajudá-lo financeiramente com um valor inicial a ser transferido imediatamente para o jogador. Durante o seu mandato, o clube vai ajudá-lo com uma renda mensal de um salário mínimo e meio a fim de auxiliá-lo na compra de remédios.
"Ele tinha diabetes, infelizmente, teve que amputar a perna. O Avaí, naquela época, praticamente pagou a prótese dele. Teve um novo problema na perna, precisou amputar mais um pouco. Nós ficamos impressionados ao saber que ele estava passando necessidade grande, inclusive com geladeira vazia. A gente, por meio do Balduíno e do Zenon, que também jogaram no Avaí, começou a fazer uma campanha em nível estadual", disse o mandatário do Avaí em entrevista ao UOL Esporte.
"O Avaí vai pagar um valor considerável para que ele possa abastecer a sua geladeira e vai pagar um salário mínimo e meio para que ele possa comprar os remédios. Vamos divulgar nas redes a conta bancária dele, que nem isso ele tinha, para que todos possam ajudá-lo. É um grande ídolo do futebol e, de repente, passa uma necessidade dessa. O Avaí está fazendo essa campanha. Vamos ver se os desportistas do Brasil podem ajudá-lo", acrescentou.
O Avaí, por decisão do presidente Battistotti, decidiu colaborar como fez ano passado, quando recebeu ligação de ex-atletas, por intermédio da AGAP, solicitando ajuda do clube para a aquisição de uma prótese. O Avaí ajudou e com outras contribuições o equipamento foi entregue ao jogador na metade do ano. Porém, ocorreram neste período complicações pela diabetes e Juti não conseguiu usufruir da prótese, mesmo tentando usar logo no início.
"Não tem como comprar uma nova prótese, porque ele tem um problema de trombose. O fabricante da prótese diz que precisa de um laudo médico para que não tenha um problema de trombose novamente. Os médicos dizem que ele dificilmente vai conseguir andar com a prótese por causa da segunda amputação. A necessidade maior é ajuda para que ele viva dignamente. Ele mora, hoje, em uma casa simples em Novo Hamburgo. Um cara que foi ídolo por onde passou".
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