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Paulista - 2021

Punição a jogador que descumprir protocolo é cartada para volta do Paulista

Paulistão devido à pandemia do covid-19 - Fernando Moreno/AGIF
Paulistão devido à pandemia do covid-19 Imagem: Fernando Moreno/AGIF

Pedro Lopes

Do UOL, em São Paulo

21/03/2021 04h00

Mesmo depois de decidirem em votação que não vão recorrer à Justiça, os clubes que disputam o Campeonato Paulista e a Federação Paulista ainda não desistiram de retomar o estadual. Amanhã (22), em uma nova reunião, serão debatidos caminhos para uma possível solução - o esporte está suspenso em todo o estado pelo menos até o dia 30.

Um dos principais temas sobre a mesa será, mais uma vez, o estudo de alternativas para levar o Paulistão, pelo menos temporariamente, a outro estado. Na semana passada, chegou a existir uma negociação para a realização de jogos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, mas autoridades dos dois estados interferiram e vetaram partidas de clubes de outras praças.

O principal argumento da FPF e dos clubes para a retomada das atividades é a crença na segurança dos protocolos. Há, entretanto, uma preocupação: o que fazem alguns jogadores e funcionários quando estão longe das atividades profissionais, com aparições em ambientes públicos e aglomerações. Esse comportamento é apontado como a causa da maioria dos casos de covid-19 no futebol.

Com isso em vista, há sobre a mesa propostas para solucionar o gargalo. Como há grandes dificuldades logísticas e de tempo para a criação de uma bolha isolada, uma das ideias é a criação de um código de punições a quem desrespeitar o isolamento social durante a disputa da competição. Há, entretanto, resistência à ideia dentro dos próprios clubes.

Caso haja um consenso sobre mudanças e endurecimento de protocolo, novas propostas seriam levadas ao Governo do Estado, em uma tentativa de reabrir negociações para a retomada do Paulistão. Há esperança de encontrar uma solução até o meio da semana, para que a próxima rodada aconteça.

A reunião na FPF ocorrerá de forma virtual e está marcada para as 10h de amanhã. Ontem o país viveu o pior sábado da pandemia até agora e registrou 2.331 mortes em 24 horas.