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Febre alta, temor de W.O. no Dérbi e surto: Corinthians viveu dia de tensão

Enquanto os infectados eram isolados, quem testou positivo no Corinthians treinava no CT Joaquim Grava  - Rodrigo Coca/ Ag. Corinthians
Enquanto os infectados eram isolados, quem testou positivo no Corinthians treinava no CT Joaquim Grava Imagem: Rodrigo Coca/ Ag. Corinthians

Yago Rudá

Colaboração para o UOL, em São Paulo

03/03/2021 04h00

À véspera de um Dérbi contra o Palmeiras, o departamento de futebol do Corinthians viveu, ontem (2), um de seus dias mais conturbados com a confirmação do surto de Covid-19 no CT Joaquim Grava. Ao todo, 19 pessoas apresentaram resultados positivos para a presença do vírus, sendo oito jogadores e 11 funcionários. Seis dos infectados, incluindo o lateral Fábio Santos e o atacante Cauê, tiveram sintomas acentuados e foram acompanhados pelos médicos do clube ao Hospital São Luiz, unidade Morumbi. Todos passam bem.

Elenco e estafe do Corinthians colheram as amostras na última segunda-feira (1). Os resultados positivos chegaram logo pela manhã de terça, quando o UOL Esporte noticiou a suspeita da disseminação da doença. O clima interno foi obviamente de apreensão imediata, já que alguns dos infectados já apresentavam sintomas. O clube aguardou o resultado da contraprova para se pronunciar, mas antes disso já tomou medidas.

A Federação Paulista de Futebol (FPF) foi informada na sequência sobre os casos. O Corinthians cogitou pedir o adiamento do clássico, mas como não há essa prerrogativa no regulamento do Paulistão, o clube optou em manter a programação com quem estava negativado. Se o surto tivesse atingido mais jogadores a ponto de não ser possível mandara equipe a campo, o Timão levaria W.O. no clássico com o Palmeiras.

Além dos 11 funcionários infectados, os atletas Cássio, Guilherme Vicentini, Fagner, Fábio Santos, Raul Gustavo, Gabriel, Ramiro e Cauê testaram positivo para Covid-19.

Febre alta

O lateral Fábio Santos, o atacante Cauê, o observador técnico Mauro da Silva e mais três dos infectados foram encaminhados diretamente ao Hospital São Luiz, no bairro do Morumbi. O grupo apresentava febre alta e foi submetido a exames. Os dois jogadores realizaram uma tomografia e, na sequência, foram liberados. Embora o caso preocupe, é um procedimento padrão.

Todas as 19 pessoas que apresentaram resultado positivo à presença do vírus foram afastadas do trabalho no CT Joaquim Grava e estão em isolamento social. A tendência é que fiquem fora de ação e longe dos demais companheiros por duas semanas, mas o prazo será determinado pela equipe médica do Corinthians conforme a evolução de cada caso nos próximos dias.

Protocolo mais amplo

Ao contrário do que acontece no Campeonato Brasileiro, quando apenas os jogadores são testados antes de cada partida, no protocolo montado pela FPF, atletas e também membros da delegação precisam passar por exames nos dias que antecedem as partidas. Por isso, o Corinthians descobriu de uma vez só 11 funcionários com exames positivos.

O laboratório responsável pela análise das coletas é o Alta Diagnósticos, que presta serviços ao clube há mais de meia década. Foi esta empresa, inclusive, que constatou dez falsos positivos no ano passado, quando o Corinthians foi enfrentar o Bahia, na Fonte Nova, pelo Campeonato Brasileiro. Posteriormente, o caso foi esclarecido.

Em meio às confirmações, idas ao hospital e resultados de contraprova, quem não estava infectado reforçou os cuidados. O elenco treinou na parte da tarde de ontem, realizou os preparativos para o duelo com Palmeiras e imediatamente iniciou a concentração no hotel localizado no CT Joaquim Grava.

O clássico acontece hoje, às 19h (horário de Brasília), na Neo Química Arena. É o primeiro Dérbi da temporada, mas não será como de costume. O Corinthians lida com o surto de Covid, e o Palmeiras está focado na final da Copa do Brasil, diante do Grêmio, e por isso vai com uma equipe toda desfigurada, repleta de reservas e jogadores da base.

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