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ANÁLISE

Menon: Juiz deveria fazer o possível para times ficarem com 11 em decisão

Do UOL, em São Paulo

21/02/2021 20h53

A expulsão de Rodinei com 5 minutos do segundo tempo causou revolta por parte dos jogadores e comissão técnica do Internacional na derrota por 2 a 1 para o Flamengo no Maracanã, sendo que o jogo estava empatado no momento da falta sobre Filipe Luís, com o cartão vermelho dado por Raphael Claus ao lateral do Inter após a indicação do VAR.

No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte — com os jornalistas Isabela Labate, Menon, Renato Maurício Prado e Rodrigo Mattos —, Menon afirma que a interpretação de cartão vermelho para o jogador colorado não está errada, embora diga que não foi merecida a expulsão e considere que a arbitragem em jogo grande só deve expulsar em casos mais evidentes.

"Eu acho que ela fica naquela zona do cartão entre o amarelo e o vermelho, depende do critério de cada juiz, o problema é que no Brasil não tem critério, cada juiz vê uma coisa. Eu, pessoalmente, principalmente em jogo decisivo, eu acho que o juiz tem que fazer o possível para que os times terminem com 11 jogadores, porque eu acho que você perder um jogador ou você marcar um pênalti, é uma vantagem muito grande para um dos dois times", diz Menon.

"Lógico, se for pênalti, tem que marcar, se for uma falta terrível, tem que expulsar. Essa daí, eu acho que se expulsou também não está errado, porque é uma falta dura, mas eu preferiria a não expulsão, para manter os dois times iguais, a minha solução seria essa, eu acho que não merecia a expulsão, não", completa.

O jornalista também critica a pressão colocada pelas diretorias dos dois clubes sobre a arbitragem nos dias que antecederam o jogo, cita as teorias da conspiração e considera inadmissível a presença do vice-presidente da CBF, Elias Noveletto, na concentração do Inter na véspera da partida.

"É sempre uma bobagem, teoria da conspiração, que a CBF não deixa o time fora do eixo ganhar, essas coisas aí, é que a CBF é do Caboclo, que o Caboclo ajuda o São Paulo, teorias da conspiração que rolam por aí, eu acho bobagem", diz Menon.

"Eu achei um absurdo esse vice-presente da CBF visitar a concentração do Inter um dia antes do jogo, isso é uma coisa que, a mulher de César não adianta ser honesta, precisa as pessoas pensarem que ela é honesta. Não pode acontecer isso, é uma várzea, é um absurdo total. Não sei se em outros lugares acontece isso, mas acho que o futebol brasileiro não pode mais conviver com isso", conclui.