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Vasco pode viver extremos em dia de 'decisões' e vê caminho para o futuro

Sub-20 do Vasco treina no CT de Caxias de olho na Supercopa do Brasil - Rafael Ribeiro/Vasco
Sub-20 do Vasco treina no CT de Caxias de olho na Supercopa do Brasil Imagem: Rafael Ribeiro/Vasco

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

20/02/2021 04h00

O torcedor do Vasco pode viver, amanhã (21), uma oscilação de sentimentos. Enquanto a equipe profissional decidirá a vida no Campeonato Brasileiro contra o Corinthians, o sub-20 vai encarar o Atlético-MG pela Supercopa do Brasil e pode indicar um caminho para um clube que atravessa uma crise financeira e tem o futuro ainda como incógnita na próxima temporada.

O duelo com o Timão, na Neo Química Arena, é de suma importância para o Cruz-Maltino, que pode, inclusive, ter o rebaixamento à Série B decretado com uma rodada de antecedência. Com 37 pontos e na 17ª colocação, a equipe de São Januário entra em campo com 76,4% de chance de não conseguir fugir da degola, segundo dados da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O possível descenso, por sua vez, vai representar uma grande perda econômica, notícia nada boa para um clube que já está asfixiado financeiramente. Com uma dívida de cerca de R$ 720 milhões, o Vasco pode ter uma redução de aproximadamente R$ 50 milhões de receitas em cotas de TV caso não esteja na elite em 2021.

Apenas quatro horas depois do apito inicial do confronto com o Corinthians, o sub-20 entra em campo para encarar o Atlético-MG pela Supercopa do Brasil, a 'segunda decisão' do futebol cruz-maltino no dia. O time credenciou-se para o torneio por ter sido o campeão da Copa do Brasil da categoria, enquanto o Galo levou o Brasileirão. O jogo será realizado no Estádio Kleber Andrade, em Cariacica, Espírito Santo. Além da taça, está em jogo também uma vaga na Libertadores.

O zagueiro Miranda, o volante Caio Lopes e o atacante Vinicius, jogadores que já foram aproveitados no elenco principal em diversas oportunidades e são rostos conhecidos da torcida, estarão à disposição para o confronto.

A boa fase nas categorias de base, além de um contraste com o profissional, pode ser, até mesmo, um indicativo à recém-empossada diretoria. Sem grande poder de investimento no mercado da bola e buscando implementar uma política de austeridade, os jogadores criados na base podem ter ainda mais espaço no elenco principal.

Além disso, as promessas podem ser também uma boa saída para os cofres. Na última temporada, o Cruz-Maltino não conseguiu realizar uma grande venda para equilibrar as finanças e, com os bons resultados recentes, o sub-20 pode se tornar também essa fonte de receita. No orçamento de 2021, desenhado ainda na gestão de Alexandre Campello, há uma projeção de R$ 82 milhões em venda de direitos federativos.

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