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ANÁLISE

Rocha: dá para discutir se sul-americanos devem ir direto à semi do Mundial

Do UOL, em São Paulo

11/02/2021 21h16

O Palmeiras foi o quinto time sul-americano a não atingir a final do Mundial de Clubes da Fifa desde que a disputa ocorre no formato atual, com os representantes de Europa e América do Sul previamente garantidos nas semifinais, sendo que, pela primeira vez, o campeão da Libertadores não conseguiu vencer nem mesmo a disputa de terceiro lugar, sendo derrotado nos pênaltis pelo Al Ahly, do Egito.

No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte — com os jornalistas Isabella Ayami, Menon, André Rocha e Danilo Lavieri —, Rocha afirma que chegou o momento de ser rediscutido o atalho dado ao representante da Conmebol no Mundial de Clubes. O motivo é a quantidade de vezes na década em que o campeão da Libertadores não atingiu a final, sem contar a falta de títulos desde que o Corinthians venceu a competição em 2012.

"O Bayern cumpriu o seu protocolo, [é] cada vez maior a distância dos times europeus em relação aos demais e eu acho que a gente já tem que começar a discutir se o campeão da Libertadores tem mesmo que entrar direto na semifinal do Mundial", afirma o jornalista. "Deveria haver uma mudança no regulamento."

Mesmo com a boa participação do Flamengo na edição anterior e a tentativa de organização de um Mundial diferente por parte da Fifa, André Rocha diz que não é possível colocar os times sul-americanos em patamar acima dos demais continentes tirante os europeus.

"É lógico que a Fifa está tentando mudar a fórmula do Mundial, fazer com 24 clubes. Os europeus estão brigando, eles têm direito a oito vagas e querem 12, então, isso ainda vai ter muita discussão, mas, independentemente do formato, eu acho que os times sul-americanos já têm que começar a ser nivelados com os dos outros continentes e não nesse patamar acima e só abaixo do europeu ou do mesmo nível do europeu", diz o jornalista.

"O Flamengo teve um desempenho melhor ano passado, mas cinco eliminações nas semifinais nos últimos 10 anos é muita coisa e isso tem que ser reavaliado na minha visão", conclui.