Em entrevista dada logo ao final da partida com o Al Ahly, na qual o Palmeiras foi derrotado nos pênaltis durante a disputa pelo terceiro lugar, o técnico Abel Ferreira citou o fato de ter assumido o cargo no clube brasileiro após a saída de um treinador contestado, no caso, Vanderlei Luxemburgo, e que conseguiu levar esse time ao Mundial de Clubes com a conquista da Libertadores.
No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte — com os jornalistas Isabella Ayami, Menon, Danilo Lavieri e André Rocha —, Menon afirma que, além de não ter conseguido melhorar o time nas duas partidas em Doha, o técnico do Palmeiras foi deselegante com o antecessor.
"O que eu achei pior de tudo nele foi a entrevista pós-jogo, porque ele era reconhecido como um cara que todo mundo diz que é diferenciado dos treinadores brasileiros, que ele, quando perdeu para o River, deu méritos para o Gallardo, falou 'sou pior que o Gallardo'. Hoje, ele falou umas coisas totalmente clichês, 'os quatro melhores times do mundo, nós ficamos em quarto lugar'. No primeiro jogo, falou que a diferença foi um pênalti, um pênalti que o time dele fez, que o outro não precisou fazer, porque foi um domínio, o Weverton foi o melhor jogador", diz Menon.
"Eu achei que foi muito deselegante com o Luxemburgo. Pode se discutir se o Luxemburgo é um mau técnico hoje em dia, um técnico em decadência, eu até acho que é, mas ele falar 'eu peguei o time de um treinador muito contestado e levei para o Mundial', acho muito deselegante, principalmente porque ele pegou um time com 91% de aproveitamento, jogando bem ou mal. Hoje, o Abel se igualou muito aos treinadores brasileiros", completa.
André Rocha também desaprova a declaração de Abel Ferreira e lembra que entre o trabalho de Luxemburgo e a sua chegada ao Palmeiras, houve uma transição feita por Andrey Lopes, o Cebola, e que o português mudou pouco o time desde então.
"Ele não recebeu o time diretamente do Luxemburgo para ele falar isso. Estou querendo dizer que ele não tinha nem que querer colocar o Luxemburgo na conversa porque, na verdade, ele até recebeu um time um pouquinho mais arrumado e ele seguiu a linha, não mexeu muito no que o Cebola fez. Ele não transformou o Palmeiras, não revolucionou o Palmeiras, ele deu sequência para o trabalho do Cebola, então, é mais um motivo para ele não ter falado nada de Luxemburgo. Realmente, ele foi deselegante, totalmente desnecessário o que ele falou", conclui.
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