México vai à final do Mundial pela 1ª vez depois de 16 participações
A primeira participação do Tigres no Mundial de Clubes da Fifa representou também a classificação do México para a final pela primeira vez. O feito foi alcançado com uma vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras, ontem (7), no estádio Education City, em Doha (Qatar).
Até a classificação do Tigres, obtida graças a um gol de pênalti do francês Gignac, o México colecionava fracassos no Mundial da Fifa. Das 17 edições, o país tem o recorde de 16 participações e ficou fora apenas em 2005, quando a Concacaf foi representada pelo Saprissa, da Costa Rica.
Além da vaga na final conquistada pelo Tigres, o México parou na semifinal oito vezes, foi eliminado nas quartas em seis e caiu na primeira fase em uma (2000). Na primeira edição do torneio, o sistema de disputa era em dois grupos de quatro times, com o vencedor de cada chave avançando à decisão.
O México tem dois recordistas de participações: Pachuca e Monterrey, com quatro. O Pachuca ficou uma vez em terceiro e uma vez em quarto lugar. Nas outras duas edições, caiu nas quartas de final. Já o Monterrey foi o terceiro colocado duas vezes e não passou das quartas de final nas demais ocasiões.
O América representou o México em três edições e teve dois quarto lugares como melhor participação. Completam a lista Atlante (4º em 2009), Cruz Azul (4º em 2014), Chivas (6º em 2018) e Necaxa (3º em 2000).
Avançar à decisão não é das tarefas mais fáceis para os times mexicanos, que nunca entram no mesmo patamar de favoritismo que os sul-americanos. Por isso, o feito do Tigres ganha uma grande proporção. Na decisão, a equipe de Gignac enfrentará o ganhador do jogo entre Bayen de Munique e Al Ahly, do Egito.
Até agora não há uma região presente em todas as finais. A Europa falhou logo na primeira edição, que teve a decisão entre Vasco e Corinthians, mas depois não passou mais em branco.
Nas 16 edições do torneio, a América do Sul esteve presente em 12 finais e conquistou quatro títulos, sempre com brasileiros: São Paulo (2005), Internacional (2006) e Corinthians (2000 e 2012). Os outros continentes representados foram África e Ásia, com dois representantes cada.
A África foi à final com o Mazembe, do Congo, após triunfo por 2 a 0 sobre o Internacional em 2010, e com o Raja Casablanca, do Marrocos, depois de vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG em 2013.
A Ásia chegou à decisão com o Kashima Antlers, do Japão, que derrubou o Nacional de Medellín em 2016, e com o Al Ain, dos Emirados Árabes, que despachou o River Plate em 2018.
Confira a participação dos times mexicanos no Mundial de Clubes:
2000 - Necaxa em 3º lugar
2005 - sem participação (representante da Concacaf foi o Saprissa, da Costa Rica)
2006 - América em 4º lugar, perdeu para o Barcelona na semifinal
2007 - Pachuca, eliminado nas quartas pelo Etoile du Sahel, da Tunísia
2008 - Pachuca em 4º lugar, perdeu para a LDU, do Equador, na semifinal
2009 - Atlante em 4º lugar, perdeu para o Barcelona na semifinal
2010 - Pachuca em 5º lugar, perdeu para o Mazembe nas quartas de final
2011 - Monterrey em 5º lugar, perdeu para o Kashiwa nas quartas de final
2012 - Monterrey em 3º lugar, perdeu para o Chelsea na semifinal
2013 - Monterrey em 5º lugar, perdeu para o Raja Casablanca nas quartas de final
2014 - Cruz Azul em 4º lugar, perdeu para o Real Madrid na semifina
2015 - América em 5º lugar, perdeu para o Guangzhou Evergrande nas quartas de final
2016 - América em 4º lugar, perdeu para Real Madrid na semifinal
2017 - Pachuca em 3º lugar, perdeu para o Grêmio na semifinal
2018 - Chivas em 6º lugar, perdeu para o Kashima Antlers nas quartas de final
2019 - Monterrey em 3º lugar, perdeu para o Liverpool na semifinal
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