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Em temporada agitada, Gabigol ainda lidera Flamengo em gols e assistências

Gabigol, atacante do Flamengo, celebra gol contra o Grêmio - Alexandre Vidal / Flamengo
Gabigol, atacante do Flamengo, celebra gol contra o Grêmio Imagem: Alexandre Vidal / Flamengo

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

30/01/2021 04h00

Jejum, lesão, foto que virou meme, rusga com treinadores... Gabigol talvez tenha experimentado de tudo um pouco nesta temporada, desviando um pouco a atenção do que pode fazer em campo. Porém, os números apontam que o camisa 9 do Flamengo continua decisivo. Após a vitória sobre o Grêmio, na última quinta-feira (28), o xodó da torcida contabilizou participações em 34 gols do time rubro-negro até aqui, entre bola na rede e assistências.

Contra o Tricolor gaúcho, Gabigol deixou o dele e deu passes precisos para Everton Ribeiro e Arrascaeta — o triunfo por 4 a 2 fez o time voltar à briga pelo título do Campeonato Brasileiro. Desta forma, chegou a 22 gols e 12 assistências em 2020/2021. Além disso, se tornou o primeiro em passes para gol no time do Fla e o segundo no futebol brasileiro, de acordo com dados do site especializado em estatísticas Sofascore.

Mais que isso, Gabigol, que tem 34 gols em 48 jogos, é, agora, o jogador com a maior média de gols no Brasileiro na história do Rubro-Negro, com 0,7. Ele passou nomes como Romário (0,6), Zico (0,54), Nunes (0,5) e Bebeto (0,43).

Na temporada, Gabigol figura entre os goleadores, atrás de Diego Souza (com 26), Marinho e Cano (23) e empatado com Thiago Galhardo, Brenner e Pedro. Considerando-se apenas a competição nacional, porém, terá seis rodadas para correr atrás do prejuízo e repetir 2019, quando foi o artilheiro com 25 gols. Atualmente, está na 14ª colocação, com nove — Marinho, do Santos, Thiago Galhardo, do Internacional, e Claudinho, do Red Bull Bragantino, lideram com 16 cada.

Tal retrospecto se torna ainda mais importante diante do cenário apresentado na temporada. O camisa 9 teve o maior jejum de gols desde quando chegou à Gávea, ficando sete jogos sem marcar. Ainda em agosto, viu uma foto sua sem camisa ser motivo de piada na internet e até render comparações com o sósia.

Somando-se a isso, ficou pouco mais de um mês longe dos gramados devido a uma lesão no tornozelo direito, que aconteceu em partida contra o Independiente del Valle, pela Libertadores.

Após a saída de Jorge Jesus, buscou se reencontrar sob o comando do espanhol Domènec Torrent e, posteriormente, com Rogério Ceni. Com o primeiro, chegou a ficar no banco por "decisão técnica" e viu acontecer uma ascensão do concorrente Pedro.

Técnico Rogério Ceni abraça Gabigol em vitória do Flamengo sobre o Grêmio - Reprodução / Premiere - Reprodução / Premiere
Imagem: Reprodução / Premiere

Já com Ceni, ainda não completou nenhuma partida e, contra o Athletico-PR, contestou a substituição ainda à beira do gramado. Contra o Ceará, por exemplo, começou no banco e, na ocasião, não escondeu o descontentamento, mas negou qualquer atrito com o técnico em uma entrevista dias após o jogo.

"Eu sou muito espontâneo e sou de coração, tanto para o bom quanto para o ruim. Mas não. Eu estava no banco e não gosto. Quero sempre ajudar, mas respeito meus companheiros e quem entrou. Muita gente falou muita besteira, principalmente de eu não estar com a camisa de jogo. Mas contra o Fortaleza eu também não estava, entrei e fiz o gol. Eu sei que quando eles falam essas coisas, ganham ibope, então é normal repararem em tudo. Se estivesse sorrindo estava feliz no banco, se estivesse triste, estava incomodado no banco (risos). Não gosto de falar muito sobre isso, mas já que perguntaram, está aí a resposta", disse, à época.