Topo

Mauro: Time ofensivo de Ceni é sustentável ou deve ser usado pontualmente?

Do UOL, em São Paulo

23/01/2021 12h11

O técnico Rogério Ceni ousou ao escalar todos os principais talentos ofensivos do Flamengo como titulares na vitória por 2 a 0 contra o Palmeiras, em Brasília. Para Mauro Cezar Pereira, colunista do UOL Esporte, essa escolha não tornou a equipe rubro-negra mais frágil defensivamente.

"A escalação do Flamengo contra o Palmeiras, pela primeira vez, reuniu seis dos jogadores mais talentosos do time, do meio para a frente. Jogaram juntos: Gerson, Diego, Everton Ribeiro, Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol. Todos titulares. O Arão foi deslocado para a zaga. Não tinha volantes. Foi uma escalação super ofensiva? No papel, sim. Na postura em campo, eu não diria que tenha sido equipe tão ofensiva ao ponto de se expor", disse Mauro.

"Tanto que o Palmeiras só teve duas grandes chances no jogo, uma em cada tempo. A primeira, logo no começo, e depois praticamente não ameaçou mais 'pra valer', até ter outra grande chance no segundo tempo, com o Gabriel Menino", completou o colunista.

A grande questão para Mauro é saber como Ceni será capaz de organizar essa "super equipe" no restante dessa reta final do Brasileirão, contra adversários com posturas muito diferentes do Palmeiras de Abel Ferreira.

"Vai jogar agora contra o Athletico-PR, em Curitiba, depois tem o Grêmio, em Porto Alegre, e o Sport, no Recife. São times diferentes, que eu imagino que darão mais a bola ao Flamengo, mas oferecerão diferentes tipos de risco ao time do Rogério Ceni. A estratégia adotada pelo técnico contra o Palmeiras foi perfeita, funcionou, conseguiu dar um salto e obter uma importante vitória, voltando para valer na briga pelo título brasileiro. Se é que o Flamengo tenha saído alguma vez dessa condição nessa temporada", ressaltou o colunista.