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Repleto de centroavantes, Inter prevê "bom problema" para temporada que vem

Abel Hernández (e) e Yuri Alberto (d) são opções que crescem no ataque do Inter - Ricardo Duarte/Inter
Abel Hernández (e) e Yuri Alberto (d) são opções que crescem no ataque do Inter Imagem: Ricardo Duarte/Inter

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

16/01/2021 04h00

Se bom time precisa de um bom centroavante, o Internacional tem tudo para ser forte na temporada 2021. Com ao menos quatro opções interessantes no setor ofensivo, o Colorado espera um "problema bom" para ser resolvido pelo treinador que estiver no comando.

Hoje é Abel Braga quem prepara e escolhe os 11 iniciais dos jogos. Mas o comandante de campo tem vínculo apenas até o fim do Brasileirão, e o futuro é incerto. Antes de eleita para comandar o clube, a nova direção do Inter tinha conversas em andamento com o espanhol Miguel Ángel Ramírez, que, inclusive, se desligou do Independiente del Valle, do Equador.

Independentemente de quem estiver no comando, sobrarão opções na frente. A primeira delas é Yuri Alberto, que se consolidou na reta final da temporada e é o artilheiro da atual era Abel no Colorado. São cinco gols sob comando do atual treinador, além de outras tantas boas atuações na equipe.

Na fila e fora do time por lesão está Thiago Galhardo. Se Yuri tem bom desempenho recente, ele possui ótimo rendimento ao longo da temporada 2020. Ainda é o artilheiro do Brasileirão, chegou a ser chamado por Tite para seleção brasileira, e esteve também entre os líderes de assistências do time. O rendimento caiu, porém, a partir da saída de Eduardo Coudet, e da mudança de esquema, que antes utilizava dois atacantes, e agora apenas um.

Afastado durante praticamente toda temporada, mas com qualidade inegável, aparece ainda Paolo Guerrero. O peruano de 37 anos rompeu ligamentos do joelho, passou por cirurgia, mas já está em fase final de recuperação. No próximo mês deve voltar a treinar com bola, ficando apto a jogar — provavelmente — entre março e abril. Guerrero foi goleador do time na temporada passada e ainda agrega experiência ao time, que perdeu um expoente como D'Alessandro.

O início de 2021 também jogou luz sobre o rendimento de Abel Hernández. Contratado exatamente por causa da lesão de Guerrero, o uruguaio tinha recebido poucas chances e oscilado bastante no ano passado. Mas, centralizado na formação atual, também cresceu e, nas últimas oportunidades, mostrou que pode ser útil ao grupo. Seu vínculo vai até junho deste ano.

Ao mesmo tempo que dá segurança, a sobreposição também preocupa. Tanto no modelo de Abel, quanto no de Miguel Ángel Ramírez, apenas um dos quatro disponíveis deve ter sequência. Mesmo que Galhardo jogue como meia, ou mesmo Yuri atue aberto quando necessário, não são as funções que devem fazer no futuro.

O Colorado planeja baixo investimento para a temporada que vem. Por isso, ter opções no comando de ataque — onde os atletas naturalmente custam mais caro — pode ser considerado importante, reduzindo a pressão para chegada de reforços.

Neste domingo, o time gaúcho encara o Fortaleza, pelo Brasileirão, no Beira-Rio.

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