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Série B - 2020

Guarani: Presidente fala em "equívoco" da CBF após pedir adiamento de jogo

Ricardo Moisés, presidente do Guarani, concede entrevista coletiva sobre jogo contra o Cuiabá - Thomaz Marostegan/Guarani FC
Ricardo Moisés, presidente do Guarani, concede entrevista coletiva sobre jogo contra o Cuiabá Imagem: Thomaz Marostegan/Guarani FC

Do UOL, em Santos (SP)

15/01/2021 15h00

Resumo da notícia

  • Ricardo Moisés, presidente do Guarani, viu equívoco da CBF ao não adiar jogo
  • Bugre foi para o jogo com apenas 13 jogadores e perdeu por 4 a 0 do Cuiabá
  • "Ficou claro que os atletas do Guarani não tinham condições de realizar o jogo"
  • Guarani segue com chances, mas ficou mais distante do acesso para a elite

O presidente do Guarani, Ricardo Moisés, classificou como um 'equívoco' da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) o não adiamento da partida contra o Cuiabá, disputada ontem (14), na Arena Pantanal, pela 35ª rodada da Série B. Em entrevista coletiva concedida hoje (15), o mandatário bugrino disse que a entidade deveria ter adiado o confronto.

Com 17 jogadores infectados com Covid-19 e só 12 jogadores à disposição para o jogo, o Guarani solicitou à CBF que mudasse para a partida para o dia 27 de janeiro, mas não foi atendido. A entidade alegou problemas no calendário e sugeriu que o duelo acontecesse hoje (15), mas o clube de Campinas preferiu jogar o quanto antes para retornar para casa o mais breve possível.

Com apenas dois atletas no banco de reservas e jogadores recém-recuperados de Covid-19 em campo, o Guarani acabou derrotado por 4 a 0 e ficou mais distante da briga pelo acesso.

"O relacionamento do Guarani com a CBF é muito bom. Temos uma proximidade muito grande com o Rogério Caboclo [presidente], com o Walter Feldman [secretário-geral]... Acho que, após o jogo, fica mais fácil falar, e ficou claro que os atletas do Guarani não tinham condições de realizar o jogo. Acredito que houve um equívoco e que, se fosse reanalisado, seria adiado para o dia 27, conforme solicitação do Guarani", disse o presidente bugrino.

Questionado se faltou bom senso à CBF, Ricardo Moisés afirmou: "Se fosse melhor avaliado, o jogo teria sido adiado e teria evitado situações como a do nosso lateral esquerdo passando mal. Acredito que hoje, diante de tudo que aconteceu, caso ocorra situações assim, serão melhores avaliadas".

Ricardo Moisés explicou a decisão do Guarani em jogar ontem (14) - ao invés de hoje (15) - e disse que o próprio elenco preferiu retornar à Campinas o quanto antes por conta do surto.

"A gente fez um requerimento à CBF pedindo o adiamento do jogo para o dia 27. Ainda na manhã, por volta do 12h, foram confirmados mais dois casos, e diante de toda essa situação, entramos em contato com a CBF e explicamos que só tínhamos 12 jogadores concentrados em Cuiabá. Eles mencionaram que só haveria possibilidade de alteração de ontem para hoje, e não para o dia 27", disse.

"Em conversa com o departamento de futebol, os atletas que foram detectados [com Covid-19] e estavam concentrados queriam voltar para casa o mais rápido possível, para ter cuidados médicos adequados e não permanecer mais em Cuiabá. Então, o Conselho de Administração e o Departamento de Futebol optou por esse sacrifício que o Lucas Abreu fez de pegar um voo de 2h e chegar em cima do jogo em prol da coletividade, de todo elenco, para diminuir o sofrimento dos jogadores em Cuiabá", acrescentou.

Por fim, Ricardo Moisés sugeriu que a CBF altere o protocolo que vem sendo utilizado para definir se haverá ou não jogo por conta de surtos de Covid-19.

"O protocolo tem uma interpretação dúbia. O Guarani tinha 13 atletas aptos, porém um estava em Campinas, e tinham 12 em Cuiabá. Vale uma reavaliação do protocolo para esclarecer esse ponto onde o ideal seria que mais de 13, porque vimos que não é suficiente. Tinha que ser mencionado 13 atletas aptos no local da partida, e não de atletas inscritos, como consta hoje", completou.

O Guarani volta a campo na próxima quarta-feira (20) para receber o Vitória, no Brinco de Ouro da Princesa, pela 36ª rodada da Série B. O time bugrino deve ser reforçado por sete jogadores (goleiros Gabriel Mesquita e Jefferson Paulino, zagueiros Bruno Silva, Wálber e Victor Ramon, meia Lucas Crispim e atacante Waguininho) que terminam o isolamento por Covid-19 na segunda-feira, além do meia Arthur Rezende, que cumpriu suspensão diante do Cuiabá.