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Palmeiras: Weverton quer seguir Marcos para aposentar a camisa 21 com a 12

Weverton durante treino do Palmeiras, na Academia de Futebol - Cesar Greco
Weverton durante treino do Palmeiras, na Academia de Futebol Imagem: Cesar Greco

Thiago Ferri

Do UOL, em São Paulo

14/01/2021 15h06

Weverton considera que a camisa 12 deva permanecer aposentada para goleiros no Palmeiras, mesmo depois de Marcos dizer que estava disposto a lhe entregar o número, eternizado ao fim da carreira do pentacampeão mundial. Fã do ex-goleiro, o atual titular quer seguir os passos do Santo e sonha terminar a carreira com a 21, sua camisa, aposentada no Verdão junto de Marcos.

"O 12 é meu número preferido e escolhi a [camisa] 21 por isso, porque é o 12 ao contrário. Espero encerrar a carreira aqui, como o Marcos, falando que eu aposentei a 21 e ele a 12. Eu fico pensando muito, seria legal vestir a 12, mas em respeito a ele, quero continuar com ela aposentada. Mas quero o presente que ele disse, quero receber uma camisa para enquadrar", afirmou.

"Sempre disse que é uma satisfação e orgulho imenso vestir esta camisa. O Palmeiras tem tradição e de repente ver o Marcos, grande ídolo, oferecer a camisa histórica, que representou muito para ele. Chega a ser emocionante. Nunca imaginei da parte dele isso, mas eu respeito muito ele, adoro muito ele, amo ele. E por tudo que ele fez, não foi só uma Libertadores com a 12, foi uma vida dedicada ao clube, com grandes defesas, grandes atuações, sendo líder dentro e fora de campo. Nada mais que justo a camisa ser eternizada para sempre. Goleiro nenhum mais deveria usar este número, na minha opinião. Meu desejo é quem sabe poder também aposentar a 21, juntos", acrescentou.

Weverton tem Marcos como um ídolo desde o início da carreira e usou a 12 durante sua passagem no Athletico-PR. No Palmeiras, o número foi aposentado para goleiros e só pode ser usado por atletas de linha — Mayke é o atual dono. O ídolo falou em dar a camisa para o atual titular por conta de seu desempenho na Libertadores, especialmente na semifinal contra o River Plate (ARG), em que fez dez defesas e foi eleito o melhor jogador da partida.

Campeão brasileiro e paulista pelo Verdão, o camisa 21 ainda não se considera um ídolo, apesar das manifestações de Marcos. Com elogios a Abel Ferreira e ao preparador de goleiros Rogério Godoy, ele se disse honrado por entrar nas discussões de qual o melhor goleiro do Brasil.

"Goleiro sempre trabalha para viver bons momentos, sabemos como a posição é difícil, não dá para achar que está tudo bom toda a hora, porque a vida não é fácil. Difícil se auto definir como o melhor do Brasil. Fico feliz de estar sempre meu nome envolvido, dá muito orgulho. É como se olhasse que seu trabalho vale a pena, o esforço e dedicação. Eu me dedico muito, sou profissional no que faço, vejo meus erros e dificuldades para melhorar. Viver momentos assim é muito bom, o nome vinculado na mídia me enche de orgulho. É importante para mim, mas para o Palmeiras, que tem um goleiro seguro e atuando em alto nível", concluiu.

"O Abel, eu admiro muito por muitas coisas, ele é muito profissional, muito positivo, está sempre motivando a equipe. Ele pede muito foco no que temos de fazer. Nada mais importa do que os 90 minutos, focar na baliza zero. Isto tem mexido muito comigo, particularmente. Se a gente não sofrer gol, temos até 94 minutos para fazer um gol e vencer. Ele complementa isso, o elenco tem aprendido muito, não só em campo, mas para a carreira. Ele coloca todos para jogar, treina todos os 30 da mesma forma e ele faz um grande trabalho. Não à toa tem estes resultados, duas finais, brigando bem no Brasileiro. Temos oportunidade de seguir avançando no Brasileiro e devemos muito a ele. Estamos contentes com a sua chegada ao Palmeiras", encerrou.

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