Topo

RMP: "A maior dificuldade para o Palmeiras na final é ele próprio"

Do UOL, em São Paulo

13/01/2021 04h00

Santos e Boca Junios decidem o segundo finalista da Copa Libertadores após a classificação do Palmeiras na noite de ontem, em jogo no qual perdeu por 2 a 0 para o River Plate, mas avançou devido à vantagem que conseguiu no primeiro jogo em Avellaneda. No caso do torcedor palmeirense, estão no caminho um rival histórico local e uma equipe que tem histórico de carrasco do alviverde na competição sul-americana, tendo vencido a final em 2000, e as semifinais de 2001 e 2018.

No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte — com os jornalistas Luiza Oliveira, Menon, Renato Maurício Prado e Danilo Lavieri —, Menon afirma que o melhor adversário para os palmeirenses é o Santos, por ter um time dependente de jogadores como Marinho e Soteldo, já Renato acredita que o time do Santos é até mais forte que o do Boca, a camisa da equipe argentina pode pesar, mas que com o elenco que Abel Ferreira tem à disposição, o maior obstáculo na busca pelo bicampeonato pode ser o próprio Palmeiras.

"Claro que eu torço por uma final Palmeiras e Santos, seria sensacional a gente ver uma final de dois times brasileiros, ainda mais dois times tão tradicionais, no Maracanã. É uma pena que a gente realmente não tenha torcida, mas em termos de dificuldade para o Palmeiras, eu acho que a maior dificuldade do Palmeiras é o próprio Palmeiras, se jogar o que ele é capaz, eu acho que ele ganha dos dois, mas depois do jogo de hoje eu fiquei meio preocupado com o que esse Palmeiras vai fazer na final", afirma Renato.

Para Menon, o Palmeiras poderia levar alguma vantagem contra o Santos por já conhecer bem o adversário, além de a equipe de Cuca jogar muito em função de jogadores como Marinho e Soteldo, o que poderia viabilizar o jogo se o sistema defensivo conseguisse anular as ações dos dois jogadores.

"Eu acho que o Santos não é coletivo, eu acho que o River, o Palmeiras e o Boca são times coletivos, o Santos é Marinho e mais dez, Marinho, Soteldo e mais nove. Então, se o Palmeiras souber anular o Marinho, o Santos cai muito, diminui muito de futebol sem o Marinho", afirma Menon.

"Inclusive, eu prefiro time assim, eu adoro time que depende de um jogador, acho maravilhoso o Marinho jogar, mas eu acho que o Palmeiras se daria melhor anulando o Marinho. O Soteldo está jogando mais no meio agora, então fica menos letal, eu gosto dele pela ponta e o Marinho na outra ponta. Eu acho que o Santos tem dois destaques que se o Palmeiras anular fica mais fácil ganhar, o Boca é um time pior eu acho que o Santos, pior que o Palmeiras, mas é um time aguerrido, um time coletivo", completa.

Na análise do time santista, Renato discorda que o Santos seja apenas Marinho e Soteldo. O jornalista destaca os jogadores jovens do time de Cuca, além de destacar a forma como o alvinegro eliminou o Grêmio na Vila Belmiro, pelas quartas de final.

"No futebol, eu acho que o Santos é pior para o Palmeiras, eu acho que o Santos é um pouco mais do que o Marinho e o Soteldo. O Cuca, para mim, é o melhor técnico brasileiro no ano, o que o Cuca fez com esse time do Santos para mim é algo realmente de se bater palma de pé", afirma Renato.

"Mas esse time está revelando uns garotos interessantes, não é só Soteldo e Marinho não, eu discordo um pouquinho, acho que tem uma garotada, o Kaio Jorge, tem um outro garoto que sentou no lugar do Soteldo no segundo tempo, garoto da base, tem o Pituca que é bom jogador no meio. Eu acho que o Santos é um time perigoso, o que o Santos fez com o Grêmio, por exemplo, eu acho o Santos um time muito perigoso, mas aí é aquela história, o Boca é o Boca", conclui.

O Fim de Papo volta a ser apresentado nesta quarta-feira, após o jogo entre Corinthians e Fluminense pelo Campeonato Brasileiro e também analisa a semifinal entre Santos e Boca Juniors na Libertadores, com participação de José Trajano, Ricardo Rocha e Débora Miranda e apresentação de Vinicius Mesquita.