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Bruno Henrique pede Fla focado contra o Ceará e lamenta ausência da torcida

Bruno Henrique, atacante do Flamengo, concede entrevista coletiva - Alexandre Vidal / Flamengo
Bruno Henrique, atacante do Flamengo, concede entrevista coletiva Imagem: Alexandre Vidal / Flamengo

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

08/01/2021 16h30

O atacante Bruno Henrique classificou a derrota do Flamengo no clássico com o Fluminense, na última quarta-feira, como "frustrante" pelo fato de o time da Gávea ter perdido nova chance de encostar no São Paulo, líder do Campeonato Brasileiro. Além disso, apontou que a equipe de Rogério Ceni, se ainda quiser pensar no título, tem de derrotar o Ceará.

A partida será no Maracanã, ainda sem público devido aos cuidados em meio à pandemia de coronavírus. Para o camisa 27, inclusive, esse é um dos fatores para que o Rubro-Negro não esteja passando pela melhor das fases.

O jogador ressaltou a sintonia criada entre o elenco e a arquibancada e assegurou que o apoio dos torcedores fazia a diferença positivamente para o Fla, principalmente nos jogos decisivos.

"Em virtude de tudo que aconteceu, pandemia e tudo mais. Não conseguimos chegar como fizemos no ano de 2019, né? Trabalhamos muito para poder concretizar o que fizemos em toda a trajetória. E esse ano ainda falta poder conquistar esse bom futebol que a gente apresentou. A gente perdeu, no meu ponto de vista, muito o fator torcida. Toda partida jogávamos com 70 mil nos apoiando e, hoje, qualquer time que vem jogar [no Maracanã] não tem pressão, não tem o torcedor nos empurrando mais. Acho que foi um ponto que perdemos bastante nesta pandemia", disse.

"Sempre tivemos o apoio, eles sempre nos empurraram. Em toda decisão. Agora, estamos tendo um pouco de dificuldade nesses jogos decisivos. Temos de tentar alguma coisa para poder quebrar esses sistemas que a gente enfrenta hoje, que é [encarar times] super fechado", completou.

De acordo com dados da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), nesta edição do Brasileiro, o time é apenas o sétimo melhor mandante, com 25 pontos ganhos em 14 partidas disputadas.

"Não causa preocupação, mas a gente tinha essa identidade com a torcida, era nítido. Era uma sintonia muito grande. A torcida empurrava a gente o tempo todo. Conseguíamos virar resultados, fazer belíssimos jogos. Perdemos o nosso 12º jogador, que era a torcida. No momento que mais precisamos de incentivo e apoio, não conseguimos. Nas decisões, tenho certeza que se tivesse com torcedores no estádio, nos apoiando, conseguiríamos os resultados. Não tendo torcida, qualquer time que vem jogar, vem solto, sem pressão", ressaltou Bruno Henrique.

A virada do Fluminense evitou que o time da Gávea pudesse se aproximar do São Paulo, que perdeu para o Red Bull Bragantino. Hoje, na quarta colocação, o Rubro-Negro está a sete pontos da ponta — Internacional está em segundo e Atlético-MG em terceiro.

"É frustrante, mais uma vez, poder encostar no São Paulo... São jogos que ficamos super tristes. Então, vamos trabalhar para poder chegar domingo e, se Deus quiser, acertar onde tem de acertar. Temos de olhar os erros e não cometê-los para conseguirmos as vitórias daqui para frente. Se quisermos ser campeões, temos de vencer [o Ceará]. Não tem outro resultado que não seja esse. Temos de mudar a postura e fazer os gols. Precisamos estar bem compactos, assim como era em 2019.", afirmou.

Questionado sobre as palavras de Arrascaeta após o jogo, que revelou sentimento de vergonha, o camisa 27 disse que houve muita cobrança entre os integrantes do grupo.

"A gente fica triste, envergonhado pelo resultado. Não queremos perder, mas a cobrança existe dos jogadores, da direção, do Rogério... Sempre cobrando. A vitória que estava nas mãos escapou. A cobrança é existente todos os dias. Não só porque perdeu. Quando ganha, também tem cobrança por melhora. Peço desculpa pelo resultado, mas a cobrança sempre existe aqui [no Flamengo]".

Bruno Henrique afirmou ainda que não houve mudanças neste quesito em relação a 2019.

"A cobrança sempre foi igual. As pessoas que ficaram sempre cobraram da mesma forma, e quem chegou sabe que aqui no Flamengo a cobrança é o tempo todo. Ser cobrado, no dia a dia, é normal. Todo mundo que está empenhado em ajudar sabe que cobrança nunca faltou e nunca vai faltar. Em relação a 2019, nada mudou. Está até com mais cobrança pelo fato de termos ganho e, esse ano, ainda não termos conseguido mostrar o futebol de 2019", indicou.