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OPINIÃO

Ricardo Rocha: Palmeiras foi senhor do jogo e tem classificação encaminhada

Do UOL, em São Paulo

06/01/2021 01h22

O Palmeiras abriu a semifinal da Libertadores derrotando o River Plate por 3 a 0 em Avellaneda, na Argentina, surpreendendo o time de Marcelo Gallardo, e conseguiu uma vantagem significativa para a partida de volta, na próxima terça-feira, no Allianz Parque. O Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte — com Isabella Ayami, Ricardo Rocha, Danilo Lavieri e Luiz Prósperi — analisa os destaques da partida e como o time treinado por Abel Ferreira conseguiu dar um passo importante em busca da final.

Ricardo Rocha destaca que o River Plate não conseguiu fazer um bom jogo porque o Palmeiras não deixou. O ex-zagueiro destaca a armação do time com os jovens Danilo, Patrick de Paula e Gabriel Menino no meio de campo, e vê a classificação como bem encaminhada.

"Foi um jogo ruim do River porque o Palmeiras jogou muito, a gente tem que elogiar taticamente a equipe do Palmeiras como ela foi armada, principalmente a coragem do seu treinador de ter colocado os três garotos no meio-campo. Isso é aquilo que eu sempre falo, é ter a coragem de botar essa garotada para jogar e ele teve. Ficou um meio-campo forte, além de rápido, forte e com qualidade, porque todos têm qualidade, todos os três garotos têm uma qualidade técnica muito boa", afirma Rocha.

"O Palmeiras foi o senhor do jogo, igualou um pouco ali no primeiro tempo, no segundo tempo um show que o Palmeiras deu, merecia até ter feito mais gols, mas eu acho que a classificação está muito bem encaminhada e está de parabéns o Palmeiras", completa.

Prósperi: Só um desastre tira o Palmeiras da final

Na opinião do jornalista Luiz Prósperi, o Palmeiras está muito perto da final da Libertadores e apenas um desastre faria a classificação ficar com o River Plate no jogo do Allianz Parque, além de considerar que a falta da torcida cantando a 'obsessão' pela competição sul-americana pode ser boa para o time alviverde.

"Eu acho que o Palmeiras está 99% classificado para a final, só um desastre. É lógico que tem que ter todos os cuidados, está diante de um grande adversário, que joga muita bola, é bom a gente lembrar disso, um time quase que perfeito, joga muito, mas essa vantagem de três gols de frente eu acho que só se um desastre, aqueles dias, aquelas noites em que pode acontecer de tudo", diz Prósperi.

"A questão da torcida é importante também, sem torcida no Allianz eu acho que isso favorece ao Palmeiras, por incrível que pareça, porque tira aquele peso, aquela ansiedade absurda que a torcida fica gritando 'obrigação', os jogadores ficam muito ansiosos para resolver, como a torcida é muito ansiosa, ela acaba passando isso para os jogadores e sem torcida eu acho que eles vão jogar mais leves, mais tranquilos, podendo resolver mesmo na bola". completa.

Lavieri: Garotos do Palmeiras conseguiram irritar os argentinos

Danilo Lavieri também comenta como o Palmeiras com um trio que tinha média de 20 anos no meio de campo conseguiu tirar a paciência do time do River Plate, elogiando a forma como a comissão técnica palmeirense conseguiu ler bem as possibilidades de jogo da equipe argentina.

"O Abel leu o jogo de maneira incrível, com a sua equipe, com a análise de desempenho e tudo mais, mas ele deu uma reforçada no meio de campo, com três garotos, muito vigor e três garotos que não só marcam, conseguem sair jogando, dão movimentação e taticamente anulou, demorou uns 15 minutos para pegar, o tempo que o River teve duas ou três chances, e depois que pegou foi impressionante", diz Lavieri.

"A tranquilidade do Patrick de Paula, tentou dar até chapeuzinho na intermediária, o Gabriel Menino deu aquele domínio a la Neymar, com o calcanhar, irritou os argentinos, a gente viu hoje a inversão daquele ditado que a gente está acostumado que os argentinos não perdem a cabeça, que os argentinos sabem jogar a Libertadores e a gente viu totalmente o oposto", conclui.

O Fim de Papo volta a ser apresentado na noite desta quarta-feira, com os jornalistas Vinicius Mesquita, Renato Maurício Prado, Alicia Klein e José Trajano após o jogo entre Boca Juniors e Santos, na outra semifinal da Libertadores, e o clássico entre Flamengo e Fluminense pelo Brasileirão.