Marcão 'patina' em início no Fluminense e diretoria vê pressão ganhar corpo
O desempenho de Marcão no começo do trabalho à frente do Fluminense levou às Laranjeiras uma pressão que, outrora, parecia distante. Com um ponto em duas partidas, contra times que estão em posições inferiores na tabela do Campeonato Brasileiro, o Tricolor teve uma pequena queda na tabela e críticas à diretoria ganharam corpo nesta reta final do ano.
O treinador, que estava no comando da equipe sub-23, foi efetivado após a saída de Odair Hellmann — que deixou o clube rumo ao Al-Wasl, dos Emirados Árabes —, e assumiu com a missão de manter o Flu na briga por vaga no G-4 e, consequentemente, na Copa Libertadores de 2021.
Apesar de serem fora de casa, os resultados contra Vasco e Atlético-GO, porém, não foram os esperados. Contra o Cruz-Maltino, que briga contra o rebaixamento, o Tricolor saiu na frente e sofreu o empate no fim. Diante do Dragão, uma atuação ruim e derrota por 2 a 1.
Neste cenário, parte da torcida já começou a colocar em xeque o futuro do time e a luta para estar na competição sul-americana na próxima temporada.
Ano passado, quando também foi "bombeiro", Marcão assumiu após saídas de Fernando Diniz e de Oswaldo de Oliveira e foi até o fim do Brasileiro, livrando o Flu da queda à Série B. À época, contando com o jogo que ocorreu imediatamente após a demissão de Oswaldo, foram 17 partidas — sete vitórias, seis empates e quatro derrotas. O primeiro revés, inclusive, veio apenas no quinto jogo, após três vitórias e um empate. Início de caminhada diferente do atual.
Vale ressaltar, por outro lado, que, há pouco tempo, a equipe das Laranjeiras era apontada como a grande surpresa do Brasileiro, ao conseguir boa campanha com um elenco que não constava entre os favoritos. Agora, com um espaço no calendário — Fluminense só volta a campo no dia 26, contra o São Paulo — Marcão tenta fazer a equipe encaixar novamente e voltar à boa fase no Brasileiro.
Vice "alfineta" presidente
Os últimos resultados do Fluminense fizeram com que Celso Barros, vice-presidente geral, fosse às redes sociais contestar o treinador e alfinetar o presidente Mario Bittencourt, com quem rompeu laços.
Afastado há mais de um ano do dia a dia do clube, Celso afirmou que o futebol do Tricolor "continua a mesma mesmice" e que "só os amigos do Rei são escolhidos", em referência ao mandatário.
Barros foi eleito vice-presidente pela chapa de Mario Bittencourt, no ano passado. Além da vice-presidência geral, ele também esteve à frente do departamento de futebol. Porém, em novembro do ano passado, acabou isolado da função após algumas polêmicas.
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