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Corinthians prevê mais R$ 40 mi de receita anual com Arena e mira reforços

Corinthians contará com parte da bilheteria da Neo Química Arena após acordo com Caixa Econômica Federal - Ettore Chiereguini/AGIF
Corinthians contará com parte da bilheteria da Neo Química Arena após acordo com Caixa Econômica Federal Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF

Samir Carvalho

Do UOL, em São Paulo (SP)

01/12/2020 04h00

A troca de presidente e diretoria do Corinthians não deve mudar os planos em relação ao mercado da bola para 2021. Pelo contrário, o presidente eleito para o próximo triênio, Duílio Monteiro Alves, aproveitará o acordo de pagamento da Neo Química Arena, encaminhado por Andrés Sanchez, para reforçar o elenco alvinegro.

Andrés Sanchez, aliás, havia revelado em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, que o próximo presidente do Timão contaria com cerca de 50% da receita da Arena, algo que nunca ocorreu desde que o estádio foi inaugurado em 2014. Os números são animadores internamente. No clube o cálculo é de um incremento de R$ 40 milhões ou mais anuais nas receitas alvinegras.

Internamente, o ano de 2019 é utilizado como exemplo. Ano passado, o Corinthians arrecadou com o estádio cerca de R$ 90 milhões — menos cerca de R$ 25 milhões de arrecadação.

No entanto, a diretoria corintiana acredita que após a pandemia, quando os torcedores forem liberados a voltar aos estádios, a Neo Química Arena arrecadará muito mais do que em 2019.

"Digo sempre que o Corinthians tem que estar aberto e atento às oportunidades que o mercado do futebol apresenta. A engenharia financeira da Arena que está praticamente solucionada, junto à ampliação e geração de novas receitas, ajudará bastante nos pagamentos dos compromissos do clube e também na contratação de reforços", afirmou Duílio Monteiro Alves ao UOL Esporte.

Vale ressaltar que, no acordo com a Caixa Econômica Federal, o Corinthians pagará a dívida em 17 prestações anuais, como revelou com exclusividade o UOL — antes o pagamento era mensal. A dívida também será abatida com a receita dos naming rights da Arena em parcelas de R$ 15 milhões anuais nos próximos 20 anos.

O valor total da dívida com a Caixa é de R$ 569 milhões, sendo que R$ 300 milhões serão abatidos com a receita dos naming rights da Hypera Pharma. Ou seja, restarão R$ 269 milhões que serão pagos em 17 anos. Tudo que o clube arrecadar com a Neo Química Arena acima de R$ 38 milhões, ficará no caixa do clube.