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Renato se emociona ao lembrar dos pais em marca histórica no Grêmio

Renato Gaúcho se emociona ao falar dos pais durante entrevista coletiva no Grêmio - Reprodução/YouTube
Renato Gaúcho se emociona ao falar dos pais durante entrevista coletiva no Grêmio Imagem: Reprodução/YouTube

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

30/11/2020 20h46

Renato Gaúcho tinha aguentado bem, agradecido e celebrado a marca atingida na vitória por 2 a 1 sobre o Goiás, hoje (30), pelo Brasileiro. Mas quando foi perguntado sobre a saudade dos pais, o técnico com maior número de partidas no comando do Grêmio na história se emocionou.

Foi duro para Portaluppi falar e conter as lágrimas. Antes de responder a questão, ele admitiu: "Agora você me pegou".

"É difícil... Eu tive que sair de casa fugindo pela janela do meu pai para poder vir para Porto Alegre. Era meu sonho ser jogador de futebol, ajudar a minha família. No primeiro ano de Grêmio, perdi meu pai. Em 2010 perdi minha mãe. Tenho a força de todos no clube, da torcida, da minha mulher e da minha filha. É o orgulho para qualquer pai ou mãe ver o sucesso do filho. Sei que mesmo lá no céu eles estão vendo o sucesso que o filho deles teve como jogador e está tendo como treinador. Peço proteção e sei que lá de cima estão olhando e rezando por mim. Costumo dar sequência no meu trabalho e deixar meus pais, lá do céu, orgulhosos. E também toda minha família", disse visivelmente emocionado.

Renato Gaúcho chegou a 384 jogos no comando do Grêmio. Passou Oswaldo Rolla, o Foguinho, e se tornou o técnico com mais partidas no comando da equipe.

"Estou muito feliz por quebrar mais esta marca, é mais um recorde que eu ajudo a quebrar no Grêmio. São 384 jogos. Quero fazer um agradecimento especial ao presidente Romildo e o Dr. Preis (ex-dirigente) que lá atrás me convidou para voltar ao clube. Ao nosso torcedor, sem dúvida. E ao meu grupo. Só estou aqui por causa deles, também. Muito obrigado a todos e espero continuar quebrando recordes nesses três meses", disse Portaluppi citando o período que ainda tem de contrato.

Não são só 384 jogos, são sete títulos, 200 vitórias, marcas que ele quer manter vivas e continuar rompendo no comando.

"Fico feliz por superar grandes treinadores, como Foguinho, Felipão. Se um dia o Felipão resolver voltar ao Grêmio, pode ser que me passe. Mas o mais importante é a sequência de 384 jogos e muitas vitórias, muitas conquistas. Às vezes se trabalha num clube por vários anos e não se conquista nada. Nos últimos quatro anos conquistamos muitos títulos", afirmou.

Para 2020, o Grêmio segue buscando erguer taças. Com "pontuação de G4" de Brasileiro, o time ainda está na Libertadores e na Copa do Brasil.

"Somos um dos dois clubes brasileiros, junto com Palmeiras, ainda em três competições. Vamos lutar por todas. Queremos ao menos um título. Se vamos ganhar? Não tem como saber, mas vamos lutar muito", finalizou.

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