Antes elogiado, setor defensivo do Botafogo patina e causa preocupação
O setor defensivo do Botafogo se tornou retrato da equipe no Campeonato Brasileiro. Antes elogiado, convive atualmente com falhas e patina em momentos importantes. Em crise, o time alvinegro ainda não venceu no segundo turno e luta para sair da zona de rebaixamento.
A questão pode ser um reflexo da mudança de filosofia ao longo da temporada, uma vez que o Glorioso está no quarto técnico neste ano. Nos últimos cinco jogos na competição, o Botafogo acabou sendo vazado — até aqui, foram 29 gols contra.
Antes do início do Brasileiro, após amistosos preparatórios com o Fluminense, o então técnico Paulo Autuori chegou a afirmar que estava "extremamente satisfeito" com a dupla de zaga, avaliando que "não comete erros".
"Hoje estou extremamente satisfeito com a nossa dupla de zaga. Nenhum botafoguense pode dizer o contrário disso. Velocidade, não comete erros, não deu chance nenhuma de ruptura no jogo do Fluminense", disse, no fim de julho.
O próprio treinador, em outra ocasião, afirmou foco no setor ofensivo depois de preparação do time "de trás para frente". Autuori deixou o Alvinegro no começo de outubro, sendo substituído por Bruno Lazaroni, que pouco durou no cargo.
O preparador de goleiros Flávio Tênius esteve como interino antes da contratação do argentino Ramón Díaz — que se recupera de uma cirurgia e o filho e auxiliar Emiliano vem comandando o time.
Neste período, houve mudanças no esquema. Antes em um desenho mais para o 5-3-2, com Forster variando entre terceiro zagueiro e volante, a formação adotada já foi o 4-3-3 e o 4-4-2, com alterações, inclusive, de peças no time.
Desde a chegada da nova comissão técnica, foram três jogos: Red Bull Bragantino, Fortaleza e Atlético-MG, com três derrotas pelo mesmo placar: 2 a 1. Agora, busca-se corrigir os erros para que o time possa reencontrar o caminho das vitórias e sair da crítica situação em que se encontra.
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