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Marquinhos expõe plano da seleção para anular "feras do futebol" no Uruguai

O zagueiro da seleção brasileira Marquinhos em partida contra a Venezuela, em 13/10 - Lucas Figueiredo/CBF
O zagueiro da seleção brasileira Marquinhos em partida contra a Venezuela, em 13/10 Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Gabriel Carneiro

Do UOL, em São Paulo

15/11/2020 14h22

Com três vitórias nos três primeiros jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar, a seleção brasileira terá o maior desafio até agora na próxima terça-feira (17), às 20h, contra o Uruguai, no estádio Centenário. Entre os líderes do elenco comandado pelo técnico Tite, o zagueiro Marquinhos admitiu preocupações com a dupla de ataque rival, formada pelos astros Suárez e Cavani.

Duas feras do futebol, sabemos o quanto eles já proporcionaram para a seleção do Uruguai e do futebol, eu acompanhei de perto o que eles podem fazer juntos. Temos que tomar muito cuidado, ficar ligados, porque são dois jogadores de muita excelência."

"Nosso trabalho e foco é no coletivo, em como anular esses jogadores coletivamente antes de pensar individualmente, esse é nosso forte, nosso plano de jogo, o que o professor passa. São nomes de grande porte, mas temos que pensar como um todo para ganhar esse jogo (...) São jogadores que eu vou enfrentar individualmente na minha zona, mas nosso foco é coletivo, se a gente puder limitar as ações deles não é um jogador apenas que conseguirá no mano a mano em zona conosco pressionando levar a melhor. Preocupações individuais temos, porque eles vêm muito na nossa zona, mas é coletivo para minimizar as ações deles", explicou o defensor de 26 anos.

Nas rodadas anteriores, a seleção venceu Bolívia (5 a 0), Peru (4 a 2) e Venezuela (1 a 0). O jogo contra o Uruguai é o último de 2020 e até agora a lista de convocados sofreu oito cortes (Philippe Coutinho, Neymar, Fabinho, Rodrigo Caio e Pedro, por lesão, além de Casemiro, Éder Militão e Gabriel Menino, por Covid-19). O objetivo para terça-feira é minimizar o peso destes desfalques para manter os 100% de aproveitamento.

"Hoje é inevitável que estamos vivendo temporada atípica, o calendário está muito puxado e as coisas estão acontecendo, vemos muitas lesões com a questão da pandemia, que atrapalha clubes e seleções, então temos que estar atentos ao nosso trabalho e seguir nosso padrão, a seleção brasileira está sempre bem servida de jogadores, aqueles que vêm procuram fazer excelente trabalho e isso que buscamos", disse Marquinhos, antes de responder sobre uma suposta "obsessão pelo espetáculo" de parte da torcida e da mídia.

"Temos que saber gerenciar toda essa situação, sabemos que a seleção brasileira é histórica, essa camisa tem um peso e isso não vai mudar. Temos que fazer nosso trabalho, focar. O que for construtivo trazer para melhorar vamos fazer, não tentamos esconder as coisas, sabemos quando podemos melhorar e quando não jogamos bem, mas ganhamos. O espetáculo nem sempre virá, principalmente em futebol onde as seleções são bem treinadas para dificultar o nosso jogo. Sempre entramos querendo a vitória e depois sim pensamos em fazer espetáculo ou algo a mais."