Em estreia no Flamengo, Ceni encara 'berço' e tem chance de revanche

Uma estreia com tom de reencontro e revanche. Recém-chegado ao Flamengo, Rogério Ceni faz o primeiro jogo no comando do time rubro-negro hoje (11), pelas quartas de final da Copa do Brasil. E o destino reservou que o pontapé no novo clube fosse justamente contra o São Paulo, onde é ídolo e teve a primeira chance à beira do gramado.

Mais do que isso, para o novo treinador o confronto pode ter um sabor de vingança, uma vez que foi eliminado na fase anterior da competição pelo próprio Tricolor paulista, quando ainda estava no Fortaleza.

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Ceni foi contratado pelo clube da Gávea para ocupar o cargo que era do catalão Domènec Torrent, demitido na última segunda-feira (9). O novo comandante chega com a missão de fazer uma equipe multicampeã com Jorge Jesus voltar a mostrar o desempenho que não conseguiu nos últimos meses.

Não à toa, o treinador afirmou ter noção do tamanho do desafio que terá na Gávea, apontando ser um salto na carreira. O Fla será o quarto clube dele como técnico, além dos já citados São Paulo e Fortaleza, teve rápida passagem pelo Cruzeiro, no ano passado.

"Sou muito agradecido ao Fortaleza. O torcedor fica triste, mas acho que compreende o tamanho do desafio. Difícil recusar o Flamengo pela grandeza, estrutura, jogadores que tem... Acho que é um caminho natural", afirmou, em coletiva de apresentação, ontem (10).

A estreia no Rubro-Negro, que acontece no dia seguinte ao primeiro contato com o elenco, será logo contra o São Paulo, onde Ceni tem o nome marcado como um dos maiores da história do clube. O Tricolor paulista foi o único time que defendeu como goleiro profissional e pelo qual foi protagonista de uma época de ouro, na qual o time conquistou o Mundial de Clubes, Libertadores e o tri do Brasileirão.

Foi no Morumbi também que ele teve a primeira oportunidade na nova fase da carreira, mas sem o mesmo sucesso de outrora. Os títulos e o reconhecimento acabaram se tornando realidade "longe de casa", no Fortaleza.

Na tentativa de levar o Leão ao título inédito da Copa do Brasil, esbarrou no São Paulo e em uma quase interminável disputa de pênaltis. Depois dos empates em 3 a 3, na Arena Castelão, e 2 a 2, no Morumbi, viu a vaga escapar na marca da cal, por 10 a 9.

Aquela é apontada por Rogério como uma das derrotas mais doídas na ainda curta carreira de técnico.

"Acho que [ponto positivo] colocar o Fortaleza em um patamar mais alto. Uma pena a gente não ter saído vitorioso, mas fazer com que o Fortaleza mostre competitividade contra equipes de mais tradição, que sempre estão na ponta do Campeonato Brasileiro. Levamos o jogo até aos pênaltis. Não desistimos e lamentamos não ter uma maior sorte na cobrança dos pênaltis. Mas o sentimento é de orgulho", afirmou na ocasião.