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Pai de Pelé foi aconselhado a encaminhá-lo a concurso no Banco do Brasil

Do UOL, em São Paulo

21/10/2020 04h00

A carreira de Pelé como jogador de futebol teve a influência de seu pai Dondinho, que chegou a jogar profissionalmente em uma partida pelo Atlético-MG, mas a realidade do Rei do Futebol e do próprio esporte hoje poderia ser diferente no caso de Dondinho ter seguido o conselho de um amigo, o Doutor Prata, pai do escritor Mário Prata, que sugeriu o encaminhamento a um concurso no Banco do Brasil.

Na live Pelé, 80 anos apresentada ontem pelo UOL Esporte em homenagem ao aniversário do tricampeão mundial, com relatos de histórias do Rei do Futebol pelos jornalistas Claudio Arreguy, Helvidio Mattos e José Trajano, com Pedro Ivo Almeida, Arreguy conta a história de como o mundo do futebol poderia não ter conhecido Pelé se seu pai seguisse o conselho do Doutor Prata.

"Em Bauru ele [Dondinho] jogou no Bauru Atlético Clube, cujo time pequenininho, dos meninos, era o Baquinho, o BAC, a redução da sigla do nome, onde o filho mais velho começou a jogar e a família cresceu por ali. Ele [Pelé] é como se fosse um cidadão também bauruense, ele não é só tricordiano, em Três Corações ele não teve mais contato com Três Corações, só voltou lá já adulto e consagrado como Rei do Futebol", explica Claudio Arreguy.

"Em Bauru foi onde tudo começou em termos futebolísticos, o pai encerrou a sua carreira no futebol, que não deu muito certo, tem uma história muito curiosa, que ele conheceu um médico em Bauru, que era o Doutor Prata, pai do futuro escritor Mário Prata, e o Doutor Prata aconselhava ele a colocar o filho para fazer concurso no Banco do Brasil. 'Futebol não dá futuro a ninguém, não, bota no Banco do Brasil que ele tem futuro, é garantido'. Ainda bem que ele não tentou o concurso no Banco do Brasil, imagine a situação", completa.

O jornalista também conta que o nome Edson Arantes do Nascimento foi uma homenagem de Dondinho, pai de Pelé, ao inventor da lâmpada elétrica incandescente, Thomas Alva Edison.

"Uma curiosidade. Nasceu o seu primeiro filho, que ele batizou com o nome de Edison, com 'di', esse 'di' não pegou na imprensa. A explicação é por causa de uma homenagem ao Thomas Edison, inventor da lâmpada. Certo é que esse jogador iluminou os caminhos dos campos do futebol, esse ser que era Pelé futuramente", conclui Arreguy.