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Ciranda de técnicos promove intenso "vai e volta" de renegados no Cruzeiro

Guilherme Piu

Do UOL, em Belo Horizonte

19/10/2020 04h00

A chegada de Felipão aumenta para quatro o número de treinadores que o Cruzeiro já teve em 2020. Essa ciranda de técnicos na Toca II gera, também, um movimento intenso no elenco. A cada profissional que assume, mudanças são feitas no grupo de jogadores e atletas que estavam sendo aproveitados perdem espaço, enquanto "cartas fora do baralho" voltam a ganhar oportunidades.

E é isso que tem acontecido desde Adílson Batista e que se repetiu com Enderson Moreira e Ney Franco. Na temporada, 51 jogadores já entraram em campo pelo Cruzeiro. De uma lista de cinco atletas colocados "no mercado", ou seja, que não seriam mais utilizados, três foram reintegrados: o meia-atacante Welinton e os laterais Giovanni e Patrick Brey. O último teve sua reintegração ao elenco antecipada pelo UOL Esporte, ontem.

Brey, inclusive, poderia ter saído do Cruzeiro em agosto, mas teve planos frustrados após negociação com um clube alemão, revelada por seu empresário, não vingar. Os outros dois que fizeram parte da lista de dispensa já deixaram o clube: o atacante Judivan acertou com o Botafogo-SP e o lateral-esquerdo João Lucas assinou contrato com o Avaí.

Reavaliação

A situação de Welinton e Giovanni deve ser reavaliada agora por Felipão. A dupla, que saiu dos planos do Cruzeiro por desejo de Enderson Moreira e voltou depois de solicitação de Ney Franco, não tem permanência garantida no time principal. Na verdade, nenhum jogador tem essa certeza, tendo em vista que novas mudanças no elenco podem acontecer.

Outro que terá seu futuro analisado é o atacante Zé Eduardo. O jovem centroavante até foi relacionado para a partida de estreia de Felipão no comando cruzeirense, amanhã (19), contra o Operário, em Ponta Grossa, pela 17ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Mas o América-RN já sondou a possibilidade de tê-lo mais uma vez por empréstimo. Zé Eduardo, antes de retornar à Toca no último mês, estava na equipe potiguar.

Rebaixados que voltaram

Além dessas mudanças citadas, o Cruzeiro também promoveu retornos daqueles que participaram do rebaixamento do clube no ano passado. Jogadores que em um primeiro momento não seriam utilizados, mas acabaram ganhando nova chance. Casos do atacante Sassá, do volante Jadson e do meia Marquinhos Gabriel.

Henrique, que já até foi capitão do time em outros tempos, também retornou de empréstimo do Fluminense, mas isso há mais tempo. Retorno criticado pelos torcedores, que agora vão parar de pegar no pé do meio-campista, que se machucou e precisou passar por cirurgia no joelho.

Mais mudanças

Esse número expressivo de atletas que já entraram em campo pelo Cruzeiro no ano (51 jogadores) tende a aumentar. É que a diretoria celeste pagou uma dívida na Fifa, em pendência com o Zorya-UCR que impedia a inscrição de novos atletas.

Em breve, o técnico Felipão poderá usar três jogadores que estão esperando o encerramento da penalidade: o meia Giovanni Piccolomo, e os meia-atacantes, Matheus Índio e o jovem colombiano Angulo.

O trio não deve ser o único a inflar a lista de atletas utilizados. Felipão ouviu da diretoria cruzeirense a promessa pela chegada de pelo menos dois reforços. Pedidos do próprio Scolari antes de assinar contrato.

Chegaram e já saíram

Outro detalhe é que vários jogadores das categorias de base foram promovidos ao time principal, mas acabaram voltando para as divisões inferiores. O caso mais marcante é o do atacante Caio Rosa, que por quatro vezes se movimentou entre Toca II e Toca I até ser vendido ao Al Sharjah, dos Emirados Árabes.

Entre outros atletas que estiveram no time de cima, mas já voltaram para a base, estão Alexandre Jesus, Valdir, Paulo (que já desceu pra Toquinha e voltou ao time principal), Gui Mendes, Riquelmo, Pedro Bicalho e Danilo.

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