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"Fábrica de Xerém" do Flu se renova e joga holofote para Luiz Henrique

Luiz Henrique é abraçado por Fred e Nenê, veteranos do Fluminense, ao fazer gol sobre o Ceará - Lucas Merçon / Fluminense F.C.
Luiz Henrique é abraçado por Fred e Nenê, veteranos do Fluminense, ao fazer gol sobre o Ceará Imagem: Lucas Merçon / Fluminense F.C.

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

18/10/2020 04h00

Em meio aos abraços dos veteranos Nenê e Fred, o sorriso largo de Luiz Henrique se destacou. Cria da base do Fluminense, o jovem marcou pela primeira vez como profissional na partida de ontem (17), contra o Ceará, e já desponta na equipe do técnico Odair Hellmann no vácuo da recente despedida de Evanilson.

Após a saída do atacante, negociado junto ao Porto, de Portugal, a diretoria tricolor, inclusive, buscou se proteger e renovou o vínculo de Luiz Henrique, de 19 anos, até 2025 — o contrato anterior ia até 2022, com multa em torno de 40 milhões de euros (aproximadamente R$ 260 milhões, na cotação atual).

"Caso diferente do Luiz Henrique, que fez um contrato de cinco anos. Com a integração maior, ele veio aqui treinar no sub-23, chamou a atenção do treinador, foi para o profissional, e esse comitê entendeu que ele merecia um contrato mais longo. Ia até o final de 2022, a gente desfez esse e estendeu até 2025", disse o presidente Mário Bittencourt, em entrevista coletiva realizada no dia 8 de agosto.

Destaque do Fluminense na Copa São Paulo de Futebol Júnior, ele passou a treinar no CT Carlos Castilho no retorno das atividades após a paralisação devido à pandemia de coronavírus e logo chamou a atenção. Em um amistoso do Sub-23 contra o Sub-20 do Botafogo, antes do Brasileiro, balançou a rede. A estreia na equipe de cima aconteceu no empate em 1 a 1 com o Palmeiras, pela competição nacional.

"O Luiz Henrique é um menino que tem excelentes características. Tanto em parte técnica quanto em valências físicas. Subimos ele para o profissional na integração que temos com a base. Ele foi se destacando nos treinamentos, ganhando corpo, mostrando qualidade, força, subindo de degrau. Mostrou sempre uma personalidade. Temos usado ele sempre pelo lado do campo, mas eu não me rotulo a visualizar o futebol em um aspecto mais amplo. Ele é um atacante, pode ser de lado ou por dentro. Hoje oportunizamos como um cara mais de frente, centroavante, com mais profundidade, mas agregando a imposição que ele tem de pivô, o cabeceio", indicou, após a vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-GO, pela Copa do Brasil.

Domínio viralizou

Durante a semana, um lance de Luiz Henrique viralizou. No jogo contra o Atlético-MG, na última quarta-feira, após um chutão para cima, ele fez um domínio "à lá Ronaldinho Gaúcho", em que a bola ficou praticamente grudada no pé e, depois, saiu jogando.

Companheiro de Marcos Paulo e João Pedro

Na base, Luiz Henrique foi companheiro de time de outros dois atacantes mais já conhecidos do público: João Pedro, hoje no Watford, da Inglaterra, e Marcos Paulo, que ainda está nas Laranjeiras.

João Pedro em ação pelo Watford, da Inglaterra - Andrew Couldridge/Reuters - Andrew Couldridge/Reuters
Imagem: Andrew Couldridge/Reuters

No ano passado, João Pedro e Marcos Paulo ganharam oportunidades no elenco principal e viraram xodós da torcida. João Pedro subiu já negociado com o time inglês. Nesta temporada, Marcos Paulo começou como nome badalado, mas, neste período pós-paralisação, Luiz Henrique divide as atenções.

Havia a expectativa de venda de Marcos Paulo ainda nesta temporada, até por conta do momento financeiro pelo qual passa o clube. As conversas pelo jogador, porém, não avançaram. Agora, as partes tratam uma possível renovação de contrato, que, atualmente, vai até o fim do ano.

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