Topo

Vasco

Ramon Menezes admite 'ferida aberta' após demissão do Vasco

Ramon Menezes comanda o Vasco na partida contra o Botafogo pela Copa do Brasil - Thiago Ribeiro/AGIF
Ramon Menezes comanda o Vasco na partida contra o Botafogo pela Copa do Brasil Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Colaboração para o UOL, em São Paulo

15/10/2020 15h45

O treinador Ramon Menezes, demitido do Vasco na última quinta-feira (8), afirmou que deixou o clube com a sensação de um trabalho bem feito e de cabeça erguida, mas admitiu que ainda tem uma 'ferida aberta' com relação ao fim repentino de seu ciclo no comando do clube cruzmaltino.

"Eu saio do Vasco com a cabeça erguida. Não sei se faria tudo de novo. Eu tenho que evoluir, tenho que melhorar, talvez eu pudesse ter cobrado algo. Mas fiquei muito feliz com o trabalho em geral. Consegui, em pouco tempo, fazer com que as pessoas voltassem a falar de um Vasco forte. (...) A ferida ainda está aberta. Ela vai cicatrizar. Estou falando com meu agente, mas a vida vai seguir", declarou Ramon em entrevista ao Seleção SporTV.

"Quando eu recebi o convite para ser técnico do Vasco, minha preocupação era com gestão, ideia. Nós conseguimos implementar uma maneira de jogar. Foi isso que aconteceu. (...). O resultado do meu trabalho eu consigo ver. Recebo muitas mensagens e encontro vários torcedores me colocando para cima. Essa cultura de demissão não vai ao encontro do que eu penso de futebol", acrescentou.

Ramon também disse que acreditava que podia corrigir os erros que viu no Vasco nas duas partidas que precederam sua queda - derrotas de 4 a 1 para o Atlético-MG e 3 a 0 para o Bahia -, e que já esperava oscilações do time durante o Campeonato Brasileiro após o bom começo.

"Eu nunca fugi da minha responsabilidade como treinador do Vasco. Tenho muito carinho pelo clube e sei da responsabilidade e dimensão de trabalhar pelo clube. Criamos uma expectativa muito grande no Brasileiro no início do trabalho. Eu sempre falei em humildade e pé no chão porque oscilação em uma competição como essa poderia acontecer. Quando eu falei que não era normal o Vasco tomar dois gols em jogos seguidos, era baseado no que vínhamos fazendo antes. Vínhamos como uma equipe equilibrada. Era algo que dava para ser corrigido", complementou.

Em 16 jogos no comando da equipe, o treinador teve oito vitórias, três empates e cinco derrotas. Seu substituto será o português Ricardo Sá Pinto.

Vasco