Cenário atípico blinda Luxemburgo no Palmeiras, mesmo sob constante crítica

O Palmeiras vive desde o título paulista um cenário peculiar: nas redes sociais, fortes críticas ao técnico Vanderlei Luxemburgo, que internamente conta com o prestígio da diretoria. O cenário atípico por conta da pandemia do coronavírus tem sua parcela para que as seguidas reclamações ainda não tenham forçado mudanças na Academia de Futebol.

Desde o retorno das competições, as partidas ocorrem sem torcida, e o Verdão recentemente viveu uma de suas piores sequências no Allianz Parque, com cinco empates consecutivos. Em momentos como esse, o ambiente no estádio já foi de cobrança intensa, como no fim das passagens de Mano Menezes e Alexandre Mattos.

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Protestos na arena e até na porta da Academia de Futebol eram frequentes e aumentaram a fritura de Luiz Felipe Scolari e do próprio Mano. Agora, as reclamações ficam basicamente resumidas às redes sociais, e no clube há o entendimento de que manifestações de opositores ajudam e inflar os ataques em bolhas no Twitter ou Instagram.

Outra diferença que torna este cenário atípico é a participação da Mancha Alviverde, que liderou críticas anteriormente, e, em 2020, não se posicionou desta forma até aqui. Ao longo do ano, a organizada já teve acesso liberado para reuniões com Luxemburgo e o elenco e organizou foguetórios dentro do CT antes das finais do Campeonato Paulista.

Mesmo durante a sequência encerrada na quarta (7) de 20 partidas sem derrotas, a avaliação interna era de que o Palmeiras precisava melhorar o desempenho, mas isto não passava por uma troca de comando. Antes de perder para o Botafogo, a equipe vinha de vitórias contra Bolívar (BOL) e Ceará, em que teve maior volume ofensivo.

Ainda assim, o que se viu desde o jogo no Nilton Santos foi o retorno com força de uma campanha nas redes sociais pedindo a troca de treinador. A discussão no clube, por outro lado, passa pela possibilidade de contratar reforços.

Mesmo com a cobrança pública de Vanderlei Luxemburgo, o Palmeiras não mudará sua postura. O clube entende que em nenhum momento ficou fora do mercado da bola, mas busca jogadores dentro de seu orçamento, que deve ter uma queda de R$ 200 milhões por conta da pandemia.

Apesar do pedido de Luxa, o clube segue em busca de "oportunidades de mercado", sem loucuras. A avaliação ainda é de que, com o atual grupo e o atual técnico, é possível crescer. O distanciamento social dá mais tempo para o clube insistir nesta ideia.