PSG mais ofensivo muda Neymar de função; entenda nova posição do brasileiro

Aos poucos, Neymar encara um novo posicionamento no Paris Saint-Germain. Para atuar com esquema ultra ofensivo como deseja o treinador Thomas Tuchel, o brasileiro topou o desafio de estar ainda mais recuado em campo, seguindo na função de armador, mas bem distante do gol. A nova versão foi destacada pela imprensa francesa na vitória do PSG por 2 a 0 diante do Reims, no último domingo (27), pelo Campeonato Francês.

Neymar deseja atuar ao lado de Icardi, Di Maria e Mbappé no time titular. A formação com os quatro jogadores de frente não é a preferencial de Thomas Tuchel, que teme ver o PSG desprotegido defensivamente. Diante do Reims, o camisa 10 teve atuação mais recuada do que a planejada por, além do trio de atacantes, ter o meia Draxller também à sua frente.

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"O Neymar fez atuação de sacrifício. Eu queria ele jogando como um número 10, e não como um 8 como ele fez. Isso não impediu ele de ter um jogo bom, mas vamos buscar esse encaixe", disse Tuchel, após a partida.

Nas avaliações do jogo, os tradicionais jornais franceses, L'Équipe e Le Parisien colocaram Neymar como o melhor em campo. O papel de sacrifício em prol do esquema também foi destacado.

"Foi o mestre do meio-campo. Uma atuação tática diferente da habitual e com esforço defensivo destacável. Time teve encaixe por conta da sua disposição", destacou o L´Équipe, que deu nota 8 ao brasileiro.

"Neymar teve atuação irretocável em um novo posicionamento. É nítido como ele acumula funções para ter os companheiros de ataque ao lado", elogiou o Le Parisien, com a nota 9 para a atuação.

O posicionamento de Neymar no meio-campo o deixa distante da área para finalizações. Os três chutes vieram após duas cobranças de falta e o outro ocorreu em ação individual numa arrancada pelo lado de campo, que ainda teve dribles em dois marcadores.

Elenco do PSG luta por 4-3-3

Na postura do elenco do Paris Saint-Germain em se fechar, as decisões táticas do treinador Thomas Tuchel são criticadas. O grupo entende que consegue se virar dentro de campo sem seguir à risca os pedidos do treinador.

Para os jogadores do PSG, o auge do descontentamento com Tuchel foi a não escalação de Icardi na final da Liga dos Campeões diante do Bayern de Munique. O técnico se manteve firme na escolha pelo 4-4-2 gerando descontentamento do elenco, principalmente de Neymar, Di Maria e Mbappé.

Após a vitória contra o Reims sem sofrer gols, a confiança do elenco é de que Tuchel voltará a escalar o time no 4-3-3. O entendimento é de que o quarteto já tinha dado provas ao treinador de comprometimento defensivo.

O PSG volta a campo na sexta-feira, diante do Angers, no Parque dos Príncipes, pelo Campeonato Francês. Como Di Maria está suspenso, o desejo de Neymar é ver o espanhol Sarabia ocupando o posto do argentino.