Topo

Corinthians põe cláusula de indisciplina para trazer atacante problemático

Atacante Diogo Vitor coleciona problemas de indisciplina e punição severa por doping - Ivan Storti/Santos FC
Atacante Diogo Vitor coleciona problemas de indisciplina e punição severa por doping Imagem: Ivan Storti/Santos FC

Samir Carvalho

Do UOL, em São Paulo (SP)

27/09/2020 04h00

O Corinthians está precavido em relação à contratação do atacante Diogo Vitor, ex-atleta do Santos e que coleciona problemas extracampo na carreira, além de punição por doping. Segundo apurou o UOL Esporte, a diretoria corintiana fez questão de colocar uma cláusula contra indisciplina no contrato.

Caso o ex-santista cause algum problema de indisciplina, o contrato será quebrado de imediato sem nenhum custo para o clube de Parque São Jorge.

Além disso, a cúpula alvinegra considera o risco válido por conta dos valores financeiros da transação. Além de não pagar nada pelo jogador, já que ele estava livre no mercado, o Corinthians pagará apenas R$ 5 mil de salário a Diogo Vitor.

Diogo Vitor, que inicialmente defenderá a equipe sub-23 do Corinthians, não atua desde abril de 2018 pois cumpriu quase dois anos de suspensão por antidoping.

Em seu organismo, foi constatado um metabólito da cocaína. Ele foi flagrado no exame antidoping em jogo que defendeu o alvinegro praiano contra o Botafogo-SP em março de 2018.

Recusa por clínica que ajudou Casagrande

Mesmo suspenso por doping, Diogo Vitor seguiu causando problemas na Vila Belmiro. Ele não realizou o tratamento estipulado pelo clube e até rejeitou se recuperar na clínica Greenwood, em Itapecerica da Serra, a mesma que abrigou o ex-jogador e comentarista da TV Globo, Walter Casagrande.

Na ocasião, os dirigentes santistas alegaram ao UOL Esporte que Diogo Vitor sequer se submeteu à consulta inicial na clínica para que o Santos assinasse o contrato para o tratamento. O clube consultou outras clínicas, mas estava disposto a investir um "bom valor" mensal na Greenwood para ajudar na recuperação do jogador.

Neste período, Diogo Vitor ficou sumido por meses e sequer atendeu às ligações dos profissionais do clube paulista. O Santos notificou o atacante via cartório, mas ele continuou sumido na ocasião.

Camaro e 'morte' da avó

O sumiço do tratamento de doping era só mais um capítulo negativo na curta carreira de Diogo Vitor. O atleta colecionou atrasos em treinos e foi visto em madrugadas por dirigentes do Santos em dias que o elenco treinava pela manhã. Em 2016, por exemplo, o atacante sumiu do clube e não participou da Copa São Paulo daquele ano.

Depois, sumiu novamente, desta vez alegando que a avó havia falecido. A cúpula santista ficou sensibilizada com o fato e ligou na casa do jogador, mas se surpreendeu mais uma vez, já que a própria avó atendeu a ligação. A família admitiu que Diogo Vitor ficou deslumbrado com o dinheiro que recebeu após assinar o seu primeiro contrato com o Santos. O atacante ganhou luvas de seus empresários e gastou o montante comprando um Camaro. Ficou famoso nas noitadas de Santos, arrumou confusões e teve até que voltar a sua cidade-natal, em Coqueiral-MG.