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Principal arma do "estilo Coudet", ataque vira problema em queda do Inter

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Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

24/09/2020 04h00

Eduardo Coudet monta seus times embasados na premissa de atacar o tempo inteiro. Transformar o Inter em uma equipe ofensiva foi justificativa para sua chegada após a queda de Odair Hellmann, em 2019. Só que é exatamente a característica mais firme do argentino que rema contra sua equipe hoje.

Após perder o quarto Gre-Nal em cinco disputados na temporada, Coudet disse que precisa "assumir a responsabilidade que tem" no resultado do jogo. O treinador reiterou que o jejum é algo pelo que jamais havia passado na carreira.

No entanto, quando avaliou a criação de oportunidades, ele reiterou que viu o Inter criar mais que o oponente e perder — de certa maneira — injustamente.

"Tivemos mais situações de gol que o rival. E não fizemos. Sempre gostamos de criar mais, achamos que podemos jogar melhor. Tivemos chances claras, não fizemos os gols, e eles marcaram na única que tiveram", disse.

Segundo o site SofaScore, porém, o Inter até teve mais conclusões (12 contra 10), mais chutes no gol (três contra um), mas chances claras de gol foram zero. Enquanto o Grêmio, além do gol, teve o lance em que Pepê tentou encobrir Lomba e colocou para fora.

Coudet deve computar um cabeceio de Musto para fora, outro de Galhardo defendido por Vanderlei, ou algum chute desviado. Nada além disso.

A falta de oportunidades criadas já abalou o Inter recentemente no Brasileiro. Não é novidade o time trocar muitos passes mas ser pouco efetivo. Diante do Goiás e do Fortaleza — ainda que com reservas — o filme foi exatamente o mesmo. A mecânica ofensiva não encontrou espaço para entrar nas defesas rivais. E o time acabou perdendo.

Os indícios recentes não são nada positivos. Mesmo que tenha vencido o América de Cali, o Colorado sofreu e só somou três pontos, em casa, graças a um gol nos acréscimos num chute desviado. Fez quatro, mas sofreu três.

Internamente, o clube trata como desencaixe. O mantra do momento é que os gols voltarão a acontecer. Afinal, o Colorado segue como segundo melhor ataque e vice-líder do Brasileirão.

"O sentimento da torcida é o nosso, não ganhar, não fazer gols. Temos criado oportunidades e não estamos sendo efetivos. Temos que continuar trabalhando e continuar fazendo os gols quando necessário. Temos tentado de todas as formas. Mas a bola insiste em não entrar. Não temos que lamentar. Vai doer amanhã, mas sábado temos o São Paulo pela frente e precisamos reagir o mais rápido possível", sentenciou Thiago Galhardo.

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