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Manifestantes protestam diante da Federação Francesa contra o racismo

Protesto foi resposta a declarações do presidente da FFF, Noël Le Graët, na véspera - Geoffroy van der Hasselt/AFP
Protesto foi resposta a declarações do presidente da FFF, Noël Le Graët, na véspera Imagem: Geoffroy van der Hasselt/AFP

Do UOL, em São Paulo

16/09/2020 16h43

Cerca de 25 manifestantes ligados à organização não governamental francesa SOS Racisme se reuniram na tarde de hoje, em Paris, para protestar diante da sede da FFF (Federação Francesa de Futebol).

Na véspera, o presidente da FFF, Noël Le Graët, disse que "o fenômeno do racismo no esporte, e no futebol em particular" não existia, "ou era pequeno".

A declaração, por sua vez, veio dois dias depois depois do incidente envolvendo Neymar, atacante do Paris Saint-Germain. No último domingo (13), na derrota em casa do PSG para o Olympique de Marselha por 1 a 0, o brasileiro afirmou ter sido chamado de "macaco" pelo zagueiro espanhol Álvaro González, da equipe visitante.

Frente às declarações de Le Graët, os manifestantes levaram cartazes e faixas para a frente da sede da FFF, com mensagens como "Le Graët, aposente-se" ou "cartão vermelho contra o racismo". Pautas como o sexismo e a homofobia também foram abordadas.

"Esta, hoje, é uma ação simbólica dos militantes a partir das declarações do presidente da FFF que ousou minimizar o fenômeno do racismo no futebol e na sociedade. Para nós, é um verdadeiro tapa", criticou Saphia Aït Ouarabi, vice-presidente da SOS Racisme, em entrevista à RMC Sport.

"Esperamos progredir, estamos trabalhando com instituições do futebol. Este ano, tivemos a sensação de ser mais ouvidos — por isso, esta declaração teve o efeito de uma bofetada", acrescentou.

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