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Palmeiras faz base virar 'mina de ouro' com cifras antes não vistas

Jogadores da base do Palmeiras posam com o presidente Maurício Galiotte - Divulgação
Jogadores da base do Palmeiras posam com o presidente Maurício Galiotte Imagem: Divulgação

Thiago Ferri

Do UOL, em São Paulo

27/08/2020 04h00

Enfim, usados com mais frequência no profissional do Palmeiras, os jogadores da base começam a dar resultados técnicos, mas criam uma expectativa também financeira. Com o destaque de nomes como Patrick de Paula, Gabriel Menino e Veron, o clube vê os jovens se tornarem uma "mina de ouro", com a possibilidade de render cifras inéditas ao cofre alviverde.

Os três, especialmente, possuem multas rescisórias altíssimas para o exterior: 100 milhões de euros (cerca de R$ 663 milhões) para Patrick, além de 60 milhões de euros (R$ 398,3 milhões) tanto para Menino quanto para Veron. Os contratos dos três são válidos até o fim de 2024.

É fato que estes números servem apenas como parâmetro para demonstrar o valor do trio e dificilmente serão os praticados em uma possível venda. Mas, diferentemente da maior parte de sua história, o Palmeiras está preparado para fazer negócios bem rentáveis com atletas formados em suas categorias de base.

Depois de um hiato de 12 anos, desde os US$ 9 milhões que recebeu por negociar Vagner Love com o CSKA (RUS) em 2004, o Palmeiras viu Gabriel Jesus se tornar a maior venda entre jogadores formados na base: 32,75 milhões de euros (cerca de R$ 121 milhões, em agosto de 2016), pagos pelo Manchester City (ING).

O caso do centroavante, porém, é por enquanto um ponto fora da curva. O negócio mais próximo entre aqueles que foram formados recentemente no clube foi o de Luan Cândido: 8 milhões de euros (cerca de R$ 35 milhões), ano passado, para RB Leipzig, da Alemanha.

Artur, em dezembro, transferiu-se por 6 milhões de euros (R$ 27 milhões à época) ao Red Bull Bragantino. Fernando (5,5 milhões de euros para o Shakhtar Donetsk, em 2018), Vitão (4 milhões de euros para o Shakthar Donetsk, em 2019) e João Pedro (4 milhões de euros para o Porto, em 2018) foram outros garotos negociados nas últimas temporadas.

Valores no patamar dessas transferências não são suficientes hoje nem para começar uma conversa com a diretoria alviverde. Patrick de Paula, por exemplo, não recebeu proposta oficial até o momento, mas pessoas ligadas ao clube dizem que não há possibilidade de negócio por menos de 20 milhões de euros (R$ 132,8 milhões).

Ainda que precise negociar jogadores nesta temporada para amenizar os problemas financeiros ocasionados pela pandemia do coronavírus, o Verdão tenta vender antes aqueles que não têm o mesmo protagonismo dos jovens. O meia Gustavo Scarpa, por exemplo, recebeu uma proposta e pode ser negociado.

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