Topo

Ronaldinho é autorizado a deixar prisão domiciliar e pode voltar ao Brasil

Ronaldinho Gaúcho e Assis durante audiência no Paraguai  - Reprodução
Ronaldinho Gaúcho e Assis durante audiência no Paraguai Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo*

24/08/2020 17h47

O juiz paraguaio Gustavo Amarilla autorizou hoje, em audiência preliminar, que Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto de Assis Moreira deixem a prisão domiciliar no Paraguai e retornem ao Brasil. O ex-jogador da seleção brasileira e Assis foram presos em Assunção, no início de março, por terem usado passaportes com conteúdo falso para entrar no Paraguai.

Eles passaram pouco mais de um mês detidos em um quartel da polícia nos arredores de Assunção e quatro meses em prisão domiciliar em um hotel no centro da capital paraguaia.

No início de agosto, os promotores pediram ao juiz a suspensão condicional do procedimento para que Ronaldinho e Assis possam retornar ao Brasil.

Na audiência de hoje, realizada presencialmente na sede do Poder Judiciário do Paraguai, o juiz concedeu a suspensão condicional do procedimento para Ronaldinho e pena de dois anos com suspensão da execução para Assis, como já havia sido pedido pelo Ministério Público.

A defesa dos brasileiros acatou o pedido do Ministério Público. Os dois terão de cumprir condições.

Ronaldinho terá de pagar 90.000 dólares (cerca de R$ 504 mil), contra 110.000 dólares (cerca de R$ 617 mil) de Assis por dano social. O valor será descontado de 1,6 milhão de dólares que os dois depositaram como fiança quando mudaram para o regime de prisão domiciliar. O dinheiro será usado para o combate ao novo coronavírus no Paraguai.

Assis também deverá fixar um endereço no Brasil, fornecer um número de celular para a justiça paraguaia e comparecer às autoridades judiciais brasileiras a cada quatro meses. Ronaldinho tem um ano para cumprir as condições, contra dois anos de seu irmão.

A investigação concluiu que Ronaldinho não sabia que estava usando um passaporte adulterado, mas seu irmão sim.

*Com informações da Reuters