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Nenê prega jogo coletivo no Flu: 'Se eu não faço gol estou rendendo pouco?'

Nenê voltou a marcar e fez dois gols para Fluminense contra o Internacional - Thiago Ribeiro/AGIF
Nenê voltou a marcar e fez dois gols para Fluminense contra o Internacional Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro

17/08/2020 15h18

Após nove jogos sem marcar, Nenê fez as pazes "em dobro" com o gol e ajudou o Fluminense a garantir importante vitória sobre o Internacional no Brasileirão. Destaque da equipe no início da temporada e artilheiro do Tricolor em 2020 com 11 bolas na rede, o meia questionou críticas a sua queda de rendimento desde a volta do futebol.

"Se eu não faço gol eu estou rendendo pouco? É uma coisa que eu não concordo. Temos que pensar no time. Esse posicionamento na volta foi a maneira que o Odair [Hellmann] encontrou para o time ficar mais equilibrado defensivamente", opinou, em entrevista coletiva na FluTV.

O jogador de 39 anos, inclusive, relembrou que sua função principal não é a de finalizar, mas de criação — justamente o grande problema do Flu desde o retorno da paralisação por conta da pandemia do novo coronavírus.

"Vocês acostumam mal, mas a minha obrigação é dar assistência. Os gols eram um bônus. Eu não tenho preocupação com isso, importante é ganhar. Quando eu não ganho, fico bravo. A gente dá o melhor para o Fluminense conseguir as vitórias. Não tinha ansiedade nem estava preocupado, claro que gosto de fazer gol, mas estava tentando ajudar do jeito que o Odair estava pedindo", explicou.

Apesar de dizer que não tem preferência pelo seu posicionamento em campo, Nenê cresceu de produção justamente quando voltou a jogar centralizado, fazendo o time ontem comandado pelo auxiliar Maurício Dulac — Odair Hellmann ficou de fora por testar positivo para covid-19 — melhorar e virar o placar sobre o Colorado.

"É importante variar, como foi ontem durante o jogo. Fizemos duas linhas de quatro, fiquei mais centralizado, tivemos mais facilidade para sair a bola e mais à frente para dar passes em direção ao gol. Realmente melhorou. Jogando aberto a gente pega menos a bola. Eu sou fominha [risos], mas estava pegando menos na bola. Estávamos pensando mais no coletivo, o que importa mais é o Fluminense", declarou.

O camisa 77 também comentou uma situação inusitada que aconteceu no jogo de ontem (16). Na hora de bater o segundo pênalti, o árbitro Raphael Claus autorizou duas substituições, fazendo a cobrança demorar bastante — o lance foi decidido pelo VAR.

"Não estava entendendo nada. Coloquei a bola na marca de cal e começou a demorar muito. Como eu estava concentrado, nem vi o que estava acontecendo. Entraram dois jogadores, dois vieram falar comigo tentar desconcentrar. Se o cara não tem a mentalidade boa pode desconcentrar e resultar diretamente no resultado. Não entendi nada. Não pode acontecer, o cara bate o pênalti. Apitou tem que bater. Fazia as substituições depois", criticou.

Com quatro pontos em três jogos, o Fluminense ocupa a nona posição no Brasileirão. Na quarta-feira, às 19h15, o Tricolor encara o Red Bull Bragantino fora de casa, no Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista.

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