Palmeiras investe para aperfeiçoar o 'pijama-training' de Luxemburgo
Vanderlei Luxemburgo ao longo da carreira usa o termo "pijama-training" quando diz que os jogadores precisam descansar. A preparação para o jogo de hoje (12), às 21h30, contra o Fluminense, foi assim: depois da conquista do título paulista, o desgaste fez com que o treinador não pudesse dar uma atividade tática — a escalação, inclusive, deve ter mudanças.
Com o calendário mais apertado por conta da pandemia do coronavírus, o clube sabe que terá de encontrar saídas para manter-se competitivo em meio ao cansaço e possíveis lesões. Assim, há um investimento para aperfeiçoar a estratégia do treinador.
O clube adquiriu um novo equipamento para o Centro de Excelência. É um frequencímetro que tornará ainda mais precisa a avaliação de desgaste de cada jogador. Assim, será possível planejar se o atleta tem de ficar mais um dia se recuperando ou não.
"O Vanderlei e o [Antônio] Mello [chefe da preparação física] já fazem isso há algum tempo, eles são vanguarda nesse sentido. Já tinham percebido que a sequência de jogos desgastantes, decisivos, com viagem, é fundamental cuidar da recuperação. O pijama-training é o descanso do atleta, tendo bastante cuidado com alimentação e o sono de cada atleta. Temos a tecnologia agora para ajudar nisso", explicou Daniel Gonçalves, coordenador científico do Palmeiras, ao UOL Esporte.
"Depois de no primeiro dia [de trabalho pós-jogo] fazer a recuperação na parte interna, no segundo dia o atleta vai a campo para um trabalho bem leve, de cerca de 10% a 20% da carga de um jogo. Às vezes é preciso de até mais um dia de recuperação", acrescentou.
O Palmeiras já trabalha com a análise de desgaste individualizado, mas o novo equipamento ajudará a decidir se vai ser possível acontecer um trabalho tático nestes dois dias de preparação, ou se em vez disso é necessário cuidar mais da parte física, como foi na preparação para o duelo com o Fluminense.
"O impacto do treino e do jogo é diferente em cada jogador, porque eles têm perfis diferentes. Com o novo equipamento, escolhido depois de uma conversa com o Gustavo Magliocca [chefe do departamento médico] e com o Cícero [Souza, gerente de futebol], o controle de carga é bem efetivo. Isto facilita no trabalho do departamento médico, com o Magliocca, e os médicos Gilberto [Cunha], Guilherme [Dilda] e o Pedro [(Pontin]", justificou.
Com os cuidados pelo coronavírus, o Palmeiras viajou de voo fretado, e os jogadores estão em quartos separados no Rio de Janeiro (RJ). Este protocolo também favorece no conforto e recuperação, com membros da fisioterapia, fisiologia e massagistas trabalhando, mesmo após o encerramento dos preparativos na Academia de Futebol, até o início da madrugada de hoje (12).
Diante do cenário atípico no mundo, a CBF informou que clubes podem ter de jogar com apenas 48h de intervalo entre as partidas. A mudança ainda não gerou impacto no Palmeiras, mas se de fato ocorrer pode ser um problema.
"Por mais que a CBF tenha baixado com a Federação de Atletas o intervalo mínimo, ainda não vimos a diminuição de 66h [de intervalo], número que julgamos ser o mínimo para ter um jogo competitivo. Às vezes, a recuperação pode ir até a 72h, 96h. Por isso as cinco substituições ajudam. A equipe que tiver uma boa seleção, poderá usar a estratégia sem comprometer o jogo", completou.
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