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Por que Corinthians saiu confiante após 0 a 0 e aposta em título no Allianz

Éderson e Zé Rafael disputam bola durante Corinthians e Palmeiras, na primeira final do Paulistão 2020 - Cesar Greco/SE Palmeiras
Éderson e Zé Rafael disputam bola durante Corinthians e Palmeiras, na primeira final do Paulistão 2020 Imagem: Cesar Greco/SE Palmeiras

Samir Carvalho

Do UOL, em São Paulo (SP)

08/08/2020 04h00

O empate sem gols entre Corinthians e Palmeiras no primeiro jogo da final do Campeonato Paulista 2020, na Arena de Itaquera, na última quarta-feira (5), não abalou os donos da casa. Pelo contrário, o time corintiano saiu bastante confiante para conquistar o tetracampeonato paulista na decisão do Estadual, diante de seu rival, hoje (8), às 16h30 (de Brasília), no Allianz Parque.

Segundo apurou o UOL Esporte, a confiança do Corinthians em relação ao título existe por dois motivos. O primeiro é que o time corintiano avaliou que foi superior e dominou o rival no jogo de ida. O assunto no vestiário após o jogo foi que o goleiro Cássio quase não trabalhou na partida. Apenas a falta cobrada por Bruno Henrique que o camisa 12 afastou de soco.

Outro motivo que fortalece a confiança do Corinthians é que o elenco entende que a pressão maior está sobre os palmeirenses por conta da responsabilidade de evitar o segundo título do arquirrival em seu estádio. Em 2018, o Alvinegro foi campeão paulista em jogo cercado de polêmicas no Allianz.

Em contrapartida, o Corinthians lamenta bastante o fato de não ter "matado" o jogo em dois lances na última quarta-feira: chutes de Ramiro e Mateus Vital, defendidos pelo goleiro Weverton. O camisa 8 do Corinthians, aliás, ficou livre, sem marcação, na frente do goleiro rival, após lançamento de Luan, mas finalizou fraco.

Só tapa?

Os jogadores estão bastante confiantes em relação ao trabalho de Tiago Nunes. O treinador, que arranca elogios da diretoria internamente por causa de sua metodologia de trabalho nos treinamentos, também agrada o elenco.

A reportagem apurou que, recentemente, Tiago Nunes aprimorou o treinamento de passes. O treinador utiliza cones e campo reduzido e exige apenas um toque na bola de cada jogador na atividade. Os atletas consideram que o resultado já reflete em campo. Contra o Palmeiras, por exemplo, em diversos momentos pôde ser visto o 'toque de primeira' no meio-campo alvinegro.

Aliás, a troca de passes foi um dos elogios de Tiago Nunes depois do fim do primeiro jogo da final em entrevista coletiva.

"O Corinthians trabalha um pouco mais a bola, busca um jogo de aproximação de pé em pé. Queremos manter a mesma perspectiva colocando a bola no chão, procurando espaços, triangulações, que possa chegar com mais qualidade no ataque e entender o que o adversário vai nos ofertar de espaço", disse.

Para o segundo e decisivo jogo da final do Paulista, Tiago Nunes deve manter o time das últimas partidas. No entanto, o volante Victor Cantillo, que está recuperado de Covid-19 e entrou no segundo tempo na última quarta-feira, ameaça a titularidade de alguns jogadores no meio-campo alvinegro.

Hoje, não existe um atleta que pode ser considerado titular absoluto no meio-campo corintiano. Nos últimos jogos, Tiago Nunes escalou Gabriel, Éderson, Ramiro, Luan e Mateus Vital no setor. Cantillo pode atuar na vaga de qualquer um deles. Mas o volante colombiano deve iniciar o duelo no banco de reservas.

O Corinthians deve entrar em campo com Cássio; Fagner, Gil, Danilo Avelar e Carlos Augusto; Gabriel, Éderson, Ramiro, Mateus Vital e Luan; Jô.