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Presidente da Fifa afirma que investigação 'danificou seriamente' entidade

Presidente da Fifa, Gianni Infantino, está sendo investigado por três encontros entre 2016 e 2017 com o procurador-geral suíço Michael Lauber -
Presidente da Fifa, Gianni Infantino, está sendo investigado por três encontros entre 2016 e 2017 com o procurador-geral suíço Michael Lauber

Do UOL, em São Paulo*

07/08/2020 10h59Atualizada em 07/08/2020 13h21

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, afirmou em carta dirigida às federações que fazem parte da entidade que vai cooperar com a Justiça na investigação sobre reuniões informais entre ele e o procurador-geral suíço Michael Lauber, aberta em julho.

Infantino alegou que as denúncias são anônimas e que não têm fundamentos, mas que elas já causaram efeitos na imagem dele e da Fifa.

"Não podemos ignorar o fato de que esses eventos já danificaram seriamente a FIFA como organização e eu como presidente, apesar de essas denúncias anônimas serem infundadas", escreveu na carta obtida pela agência EFE.

O mandatário explicou que suas reuniões não eram secretas e, "de maneira alguma", ilegais.

O órgão de fiscalização que supervisiona a Procuradoria-Geral da República (OAG) na Suíça afirmou que o promotor especial Stefan Keller encontrou indícios de conduta criminal relacionada às reuniões.

"Participei dessas reuniões com a mais alta autoridade legal do país para oferecer nosso apoio e assistência em relação às investigações em andamento", escreveu o presidente.

Infantino seguiu afirmando que o encontro "com um promotor público deve ser a melhor garantia da legitimidade das reuniões".

Para minimizar os efeitos negativos, ele disse que, desde que assumiu a Fifa em 2016, tem trabalhado para que atos ilícitos cometidos no passado sejam investigados e punidos.

"Como sempre fiz, cooperarei sem reservas com a investigação. De fato, espero ter a oportunidade de responder a qualquer pergunta relacionada a esse assunto, porque, simplesmente: não temos nada a esconder", completou.

*Com informações da agência EFE