Topo

Paulista: FPF vê polêmica por testes antes da final como falatório pré-jogo

Dr. Moisés Cohen, presidente do Comitê Médico da Federação Paulista de Futebol - Divulgação
Dr. Moisés Cohen, presidente do Comitê Médico da Federação Paulista de Futebol Imagem: Divulgação

Colaboração para o UOL, em São Paulo

03/08/2020 22h58

Moisés Cohen, presidente da comissão médica da Federação Paulista de Futebol (FPF), declarou que a polêmica envolvendo os testes para covid-19 antes da final do Campeonato Paulista entre Corinthians e Palmeiras é "falatório pré-jogo". O dirigente explicou que mesmo que os procedimentos dos dois clubes sejam divergentes, os departamentos médicos têm tomado os cuidados necessários com os atletas.

"Acho que foi criada uma celeuma em relação a isso. O protocolo é um guia de orientação. Isso está muito claro. O protocolo ainda foi feito em um momento diferente, quando a pandemia estava mais forte. O nosso comitê confia na responsabilidade e na competência de todos os médicos. Não temos a capacidade de polícia, de ver quem está concentrado e quem não está. Tanto Palmeiras quanto Corinthians estão certos", disse Moisés Cohen em entrevista ao Jogo Sagrado, do Fox Sports, hoje.

"O Corinthians por manter os jogadores concentrados, em um cenário que diminui a necessidade de testes e de contaminação. O Palmeiras optou por não concentrar, mas tem feito mais testes devido a isso. O que interessa é a saúde dos jogadores. E os médicos de Corinthians e Palmeiras sabem disso e confiam um no outro. O que está acontecendo é um falatório pré-jogo. Os dois times estão cumprinco o protocolo. Do ponto de vista 'saúde do atleta', que é o que me compete, está tudo ok", complementou.

Posições de Palmeiras e Corinthians

Pedro Pontin, médico do Palmeiras, declarou que o clube alviverde não só seguiu o protocolo como foi além em algumas exigências como o número de testes.

"A gente seguiu o protocolo à risca. Sempre que os atletas estiveram em concentração, teve testes. Como temos uma boa estrutura, somos até mais rigorosos que o protocolo, fazendo de dois a três testes por semana", declarou Pedro Pontin em entrevista ao Expediente Futebol, hoje.

"Essa polêmica não está vinculada aos departamentos médicos. Nós confiamos no departamento médico do Corinthians e sabemos que eles confiam no nosso", complementou.

Joaquim Grava, médico do Corinthians, defendeu o procedimento adotado pelo clube alvinegro. Em sua opinião, os procedimentos adotados pelo Palmeiras também estão corretos, desde que o time realize testes antes da decisão.

"Os jogadores do Corinthians estão concentrados desde antes de o jogo do Mirassol, quando fizeram os testes. Se algum jogador do Mirassol estivesse contaminado, ele não jogaria. Então, a probabilidade de algum atleta do Corinthians se contaminar é praticamente zero. Eles não têm contato com o meio externo. Já os jogadores do Palmeiras têm mais probabilidade, pois foram liberados e tiveram contato com a família e outras pessoas. Então o Palmeiras está certo em fazer mais testes mesmo", disse o médico corintiano em entrevista ao Expediente Futebol, hoje.

"O posicionamento do Corinthians é que o clube não precisa fazer os exames antes do primeiro jogo, pois os atletas estão cumprindo o protocolo. (...) Vamos fazer os testes na quinta-feira Quem não está cumprindo o protocolo é que precisa fazer os exames. E não fomos nem nós que pedimos ao Palmeiras para realizar os exames. É uma iniciativa deles", completou.