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Gaúcho - 2020

FGF não garante todo campeonato e leva Gauchão 'um dia de cada vez'

Gre-Nal seria no Beira-Rio, mas prefeitura de Porto Alegre vetou e o jogo será em Caxias do Sul - Divulgação
Gre-Nal seria no Beira-Rio, mas prefeitura de Porto Alegre vetou e o jogo será em Caxias do Sul Imagem: Divulgação

Jeremias Wernek e Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

21/07/2020 12h30

O presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Lucianos Hocsman, não garante a realização do Campeonato Gaúcho até o final. O torneio, que será retomado nesta quarta-feira, será conduzido 'um dia de cada vez', segundo o mandatário.

"Eu garanto os jogos que estão programados para quarta-feira. É tudo muito dinâmico. Espero que possamos realizar os jogos de quarta e quinta de forma segura, conforme estamos trabalhando ao longo dos últimos meses. Garantia efetiva, acho que ninguém tem essa prerrogativa ou possibilidade de garantir algo em um período muito longo de tempo, porque é tudo muito dinâmico dentro deste processo de pandemia no Estado", disse em entrevista ao SBT.

A ideia da FGF é levar o campeonato 'um passo de cada vez'. Primeiro, a confirmação dos jogos da quarta rodada do returno, em seguida a rodada do final de semana e assim sucessivamente. Por isso, neste momento não há definição de alteração para uma eventual final em jogo único ou determinações a longo prazo.

"Vamos aguardar a fase classificatória, depois as semifinais e finais. Se o Caxias vencer o turno a pergunta perde o objeto. Vamos fazer uma coisa de cada vez, um dia após o outro, uma fase depois da outra. Quando chegar na final da competição vamos analisar o cenário do Estado e dos clubes. Se for preciso convocamos os finalistas para conversar sobre isso", explicou.

A retomada do Gauchão convive com dificuldades impostas por vetos de prefeituras a receber os jogos. Porto Alegre rejeitou o Gre-Nal, Pelotas adiou o Bra-Pel, Novo Hamburgo se negou a receber partidas e São Leopoldo será sede apenas de compromissos em que o Aimoré - time da cidade - for mandante.

"Na condição de presidente da Federação e na condição de cidadão, não me cabe interpretar nenhuma decisão tomada por autoridades do Estado ou das cidades. Cabe apenas entender e cumprir a eventual negativa, ainda que mudando algum entendimento anterior. Se fosse para ter interpretação diferente ou discutir, utilizaríamos os meios indicados para isso", afirmou Hocsman.

"Todos os prefeitos disseram as razões pelas quais não quiseram jogos do Gauchão nas suas cidades. Nas manifestações (que fizeram) deixaram expresso o que fundamentou o fato de não autorizarem a realização dos jogos de futebol nos seus municípios. Eu não interpreto, sou objetivo. Não pode haver jogo no nosso município, entendemos e vamos buscar alternativas para realizar a competição", finalizou.