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Everson pede R$ 7,3 milhões ao Santos além de rescisão e admite sondagens

Everson comanda o Santos durante clássico contra o Corinthians - Ivan Storti/Santos FC
Everson comanda o Santos durante clássico contra o Corinthians Imagem: Ivan Storti/Santos FC

Eder Traskini e Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte (MG) e Santos (SP)

20/07/2020 04h00

O goleiro Everson entrou com ação contra o Santos na qual pede a rescisão contratual alegando atraso de salário, direito de imagem e FGTS. O processo corre em segredo de Justiça, mas o UOL Esporte obteve com exclusividade o documento em que o jogador pede, além da liberação imediata, R$ 7,3 milhões.

Os valores são referentes a cinco meses de direito de imagem atrasados (R$ 150 mil), três meses de redução salarial (R$ 344 mil), cinco meses de FGTS (R$ 54 mil) e multa prevista em lei (R$ 170 mil), além de R$ 5,7 milhões como cláusula compensatória desportiva, montante que o goleiro teria a receber em salários previstos até o fim de seu contrato, válido até dezembro de 2022. Honorários advocatícios completam o montante citado.

O titular da meta santista desde o ano passado nem sequer apareceu no CT Rei Pelé para o treinamento de ontem (19) e pegou o Santos de surpresa. Ele não conversou com nenhum membro da diretoria ou com o técnico Jesualdo Ferreira para avisar sobre seu posicionamento. Everson será representado nos tribunais pelo advogado João Henrique Chiminazzo, que foi procurado pelo UOL Esporte, mas não respondeu aos contatos.

O processo movido pelo goleiro pede uma tutela provisória, em caráter de urgência, que libere o jogador de seu vínculo com o Santos e o deixe livre no mercado da bola. A ação ainda revela, em seu conteúdo, que o jogador já recebeu sondagens.

"Inclusive, o reclamante (Everson) já foi sondado por outros clubes, porém o vínculo com o reclamado (Santos) impossibilita que o reclamante continue com as negociações", cita o processo. Como o UOL Esporte revelou, o Atlético-MG, a pedido de Jorge Sampaoli, é o principal interessado no futebol do goleiro.

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O Santos vê o fato com incredulidade. Everson era um dos líderes do elenco e estava à frente das negociações com a diretoria pelo corte salarial. O goleiro era um dos jogadores que tinha dado o aval para que os vencimentos fossem restituídos apenas ao fim do ano.

Em declarações durante a pandemia, Everson se mostrava lúcido em relação à questão financeira e tinha saído em defesa do corte salarial para que fosse possível manter os funcionários e não dispensar ninguém - o Peixe foi um dos únicos clubes sem demissões durante a pandemia do coronavírus.

O Santos acredita que o goleiro não tem base jurídica para pedir a rescisão, já que os salários dos meses durante a paralisação, apesar de reduzidos em 70%, foram pagos. Joga contra o clube, no entanto, o fato de não haver acordo por escrito com elenco por essa redução.

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