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Galvão chega aos 70 e diz que Tino Marcos foi melhor repórter que conheceu

9.abr.2015 - Agnews
Imagem: 9.abr.2015 - Agnews

Do UOL, em São Paulo

19/07/2020 13h32Atualizada em 19/07/2020 15h22

O jornalista Tino Marcos foi o melhor repórter com quem o narrador esportivo Galvão Bueno trabalhou, disse o locutor durante a homenagem que recebeu da TV Globo hoje. O profissional completa 70 anos de idade na terça-feira (21) e teve sua trajetória relembrada em uma reportagem especial conduzida por Marcos.

Na homenagem, Galvão ouviu mensagens de esportistas e de familiares, entre os quais, o filho Luca. O jovem, de 19 anos, relembrou o infarto que o pai sofreu em novembro do ano passado, em Lima, no Peru, onde estava para a transmissão da final da Libertadores entre Flamengo e River Plate.

"Eu acordei um dia com todo mundo me falando que meu pai estava no hospital. E esse era o mesmo dia em que eu ia gravar o meu primeiro curta aqui nos Estados Unidos", relembra Luca, que pensou em desistir de continuar o trabalho, mas mudou de ideia. "Eu acabei o curta pelo meu pai. Eu senti. Eu juro que eu senti ele ali ao meu lado, me ajudando, me apoiando. Uma semana depois eu recebi a notícia que ganhei o prêmio de melhor diretor."

Sobre o episódio, Galvão disse, que se pudesse, naquele momento do problema de saúde, teria dito ao filho: "vá lá, mostre o seu trabalho, mostre o seu talento. Não desista nunca."

Ao relembrar episódios da carreira, o narrador fez uma menção especial a Tino Marcos, responsável pelo especial exibido no programa "Esporte Espetacular". "Eu tenho três companheiros que marcam muito essa minha trajetória. Um é o melhor repórter de esporte que eu conheci, chamado Tino Marcos".

Ao ouvir a frase, o jornalista ficou emocionado, e disse: "é verdade que fui o repórter mais frequente -pelo menos 300 jogos da Seleção [de futebol] juntos—, mas sei também que represento também um time de repórteres orgulhosos por trabalhar com Galvão Bueno". A fala foi ilustrada com imagens de Mauro Naves, Abel Neto, João Pedro Paes Leme, Mariana Becker, Marcos Uchôa, Nadja Mauad, entre outros.

O repórter, que atuou em 8 Copas do Mundo de futebol com o narrador, até chegou a se entrevistar no especial. "A gente fez uma tabelinha tão conhecido que até hoje muita gente fala por aí: "Galvão", "fala, Tino".

Os outros companheiros citados foram Reginaldo Leme, jornalista especializado em automobilismo, e Arnaldo Cezar Coelho, ex-comentarista de arbitragem.

O narrador ainda pediu desculpas por erros cometidos ao longo de sua jornada, como com os jogadores Cafu e Zinho na Copa do Mundo de 1994.

Galvão também falou sobre ataques que sofre. "Esse mundo de hoje, em que as opiniões estão soltas e espalhadas por aí, aparece muita coisa de maldade, muita coisa ofensiva. Eu prefiro deixar de lado."

Acho que minha voz é minha vida. A voz, para mim, é tudo
Galvão Bueno, narrador esportivo da TV Globo

Pouco depois, Galvão compartilhou um agradecimento em suas redes sociais. Sentado em um modelo da McLaren pilotada por Ayrton Senna, tricampeão mundial de Fórmula 1, o narrador contou que chorou muito durante a homenagem da Globo e deixou um recado aos brasileiros. "Sem vocês, nada disso teria existido".

"Eu queria fazer um agradecimento, falar com todos vocês. Os óculos escuros são para esconder os olhos inchados das lágrimas. Fiquei muito emocionado com a homenagem que a Globo me fez no Esporte Espetacular. Junto com a minha mulher - só nós dois assistindo, choramos muito - pude ter a convicção de que consegui construir uma história digna. O agradecimento vai direto para você, brasileiro, para as centenas de milhões de pessoas que me acompanharam nesses 70 anos de vida, nesses 46 anos de profissão. Sem vocês, nada disso teria existido. Sem vocês, a minha história não teria sido construída. Sem vocês, e falo do fundo do meu coração, eu não seria nem perto da pessoa que sou", falou Galvão.

Sem vocês, nada disso teria existido. Muito obrigado.

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